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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que anulou todas as provas contra Lula provenientes do acordo de leniência da construtora Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato, é ex-advogado do PT e ex-consultor jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Toffoli foi indicado para o STF por Lula (PT) em 2009, durante o segundo governo do petista. Na época, Toffoli ocupava o cargo de ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU). Entre as críticas à indicação de Lula, estava o fato de que Toffoli havia sido reprovado em dois concursos para ingresso na magistratura, na década de 1990.
Apesar da falha no currículo, a indicação ao STF foi aprovada pelo Congresso Nacional.
Desde o início da sua carreira, Toffoli atuou junto ao PT com grande proximidade a Lula e José Dirceu. Era dele, inclusive, a responsabilidade de sugerir manobras regimentais ao PT para obstruir votações no Congresso durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Também partia dele sugestões de emendas contra projetos de interesse do governo.
Toffoli foi consultor jurídico da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em 1993, assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo e assessor da liderança do PT na Câmara dos Deputados.
Ele também atuou como advogado de Lula nas campanhas presidenciais de 1998, 2002 e 2006, e integrou a equipe de José Dirceu na Casa Civil antes de chegar ao posto de advogado-geral da União.
Em 2019, já como ministro do Supremo, Toffoli não permitiu que Lula deixasse a prisão em Curitiba (RS) para ir ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá. Ano passado, o ministro pediu “perdão” ao petista pela decisão.