Um grupo de deputados e senadores de pelo menos 13 partidos políticos esteve, nesta quarta-feira (7), no Supremo Tribunal Federal (STF) para protestar contra a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. O grupo se reuniu com o presidente da Corte, Dias Toffoli, que prometeu uma decisão ainda hoje sobre o recurso apresentado pela defesa de Lula contra a transferência.
Os parlamentares ficaram surpresos com a decisão da Justiça que autorizou a transferência de Lula para a Penitenciária de Tremembé. Segundo o grupo, o local não tem condições para que seja garantida a segurança de Lula.
“Foi uma decisão política, de retaliação, isto está claro para nós”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB). Ela destacou que o presídio de Tremembé não tem a modalidade de regime semiaberto e que o ex-presidente está prestes a progredir para este regime.
“Estamos aqui em defesa não de uma pessoa, mas do Estado Democrático de Direito”, disse o líder do PSD, deputado Fábio Traad. Ele diz que tomaria mesma atitude se a decisão tivesse prejudicado um líder de direita. “Nós precisamos nos desapaixonar, desaprender a amar os homens e aprender a amar os valores”, disse o parlamentar. “Estamos convencidos de que ou damos um basta na escalada do viés autoritário, ou vamos sucumbir”, disse ainda Traad.
O líder do PT, Paulo Pimenta, destacou que o pedido da PF para transferência do ex-presidente foi feito há mais de um ano e não há fato novo que justifique a decisão tomada pela juíza Carolina Lebbos. Ele ressaltou que a PF, autora do pedido, é subordinada ao ministro da Justiça, Sergio Moro, que está sob pressão desde o início da publicação de reportagens com conversas atribuídas a ele e outros membros da Lava Jato, que contêm supostas irregularidades cometidas no andamento do trabalho.
Participaram da reunião representantes de partidos de direita, do centro e de esquerda, como PP, PSD, PSB, PRB, PL, MDB, PCdoB, PSOL, PT, PODE, SD, CIDADANIA e DEM. A reunião foi agendada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que foi representado pelo vice-presidente da Casa no encontro, o deputado Marcos Pereira (PRB).
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