Ao julgar uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), nesta terça-feira (16), o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) decidiu, por unanimidade, pela cassação do mandato do deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS). A ação foi proposta pelo Partido Social Democrático (PSD).
Segundo o TRE-RS, a candidatura de Marcon foi comprometida por “fraude à cota de gênero na composição da lista de deputados federais do Podemos, nas eleições de 2022”.
Na decisão, o Tribunal também citou “abuso na ausência de destinação de percentuais mínimos destinados ao tempo de televisão para candidaturas femininas e para pessoas negras”.
O TRE-RS entendeu que a candidatura de Kátia Felipina Galimberti Britto à Câmara, em 2022, foi uma campanha "laranja" com o objetivo de fraudar a adequação do partido às cotas de gênero.
A candidata teve apenas 14 votos e justificou o gasto de apenas R$ 235 com a campanha.
Para a relatora do processo, a desembargadora Patrícia Silva Oliveira, estes são indícios de que a candidatura tinha como objetivo fraudar o mínimo de 30% de candidaturas femininas.
As defesas de Marcon e do Podemos alegaram que Kátia Felipina teve voto em dez cidades diferentes e que a candidata não fez uso de recursos públicos por decisão própria.
Ainda, segundo as defesas, Kátia não apareceu na TV porque entrou na disputa com a campanha já em andamento, a 20 dias da eleição.
O que diz o deputado
Na terça, o parlamentar emitiu uma nota informando que irá recorrer da decisão “em todas as instâncias” para reverter a decisão.
“Não medirei esforços para honrar a confiança que mais de 140 mil gaúchos depositaram em mim por meio do voto”, disse o deputado na nota
“É fundamental ressaltar que, no julgamento desta terça-feira, os desembargadores reconheceram que não tenho nenhuma responsabilidade ou ingerência sobre o ocorrido. Quanto à decisão do TRE-RS, eu ressalto que respeito, porém, não concordo com o resultado do julgamento’, diz outro trecho da nota.
Até que os recursos do deputado e do partido sejam julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marcon segue no exercício do mandato.
O que diz o Podemos
Em nota, o partido disse que recebeu a decisão do Tribunal com respeito, mas “diverge totalmente da medida” e “confia que a vontade popular e democrática será mantida pela Justiça”.
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Saúde de Lula ameaça estabilidade do Governo em momento crítico; acompanhe o Sem Rodeios
Mudanças feitas no Senado elevam “maior imposto do mundo” para 28,1%
Congresso dobra aposta contra o STF e reserva R$ 60 bi para emendas em 2025
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF