Ouça este conteúdo
Três diferentes pesquisas de opinião pública recentes, dos institutos Genial/Quaest, AtlasIntel e Ipec, convergiram em apontar queda relevante na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos últimos meses.
A mais recente delas, publicada pelo Ipec na sexta-feira (8), apontou que o número de pessoas que aprovam a gestão de Lula, classificando-a como ótima ou boa, caiu de 38% em dezembro de 2023 para 33% em março de 2024, um declínio de cinco pontos percentuais em só três meses.
Paralelamente, houve um aumento na percepção negativa do governo, com aqueles que avaliam a gestão como ruim ou péssima subindo de 30% para 32%. Além disso, segundo o Ipec, a aprovação de Lula teve queda expressiva no Nordeste, região do país que mais costuma apoiá-lo: de 52% para 43%.
Um dia antes da divulgação do Ipec, a AtlasIntel já havia sinalizado uma tendência semelhante, com uma queda de quatro pontos percentuais na avaliação positiva de Lula, de 42% em janeiro para 38% em março. A mesma pesquisa mostrou um incremento nos índices de rejeição ao governo, de 39% para 41% no mesmo período.
Números parecidos foram apresentados na quarta (6) em pesquisa da Genial/Quaest, com um aumento na avaliação negativa do governo de 29% em dezembro para 34% em março. A aprovação caiu de 36% para 35%.
A mudança apontada pela Genial/Quaest foi especialmente forte entre os evangélicos: a avaliação negativa do governo Lula nesse público deu um salto de 36% para 48%. O número pode ter relação com as declarações recentes do presidente e de membros do PT sobre Israel.
Oposição comenta queda na aprovação de Lula
Diante dos números negativos, a oposição usou as redes sociais para criticar Lula e apontar os motivos pelos quais sua aprovação tem caído rápido.
Na sexta, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez um comentário via X comparando seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com o mandatário atual.
“O sobrenome desse governo é crise. Nada funciona direito, não tem plano econômico, só agenda de desmonte e revanchismo contra Bolsonaro. Enquanto Lula derrete, Bolsonaro é ovacionado onde passa!”, afirmou.
Neste sábado (9), a senadora Tereza Cristina (PP-MS) também postou no X sobre os números. "São muitos os desacertos, em várias áreas. Não é à toa que a popularidade desse governo vem despencando", disse.
Metodologias das pesquisas
O levantamento dos institutos Genial e Quaest e ouviu, em formato presencial, 2.000 pessoas, entre os dias 25 a 27 de fevereiro de 2024. As entrevistas foram feitas em 120 cidades de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiabilidade é de 95%
O AtlasIntel entrevistou 3.154 pessoas pela internet entre os dias 2 e 5 de março de 2024. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
O Ipec consultou presencialmente 2.000 pessoas em 130 municípios entre os dias 1º e 5 de março. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%.