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O indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram mortos na Amazônia.
O indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram mortos na Amazônia.| Foto: Divulgação/Funai/Reprodução/Twitter

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia à Justiça Federal contra três pessoas pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, em 5 de junho, no Amazonas. Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima foram denunciados na quinta-feira (21) por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (22).

Além disso, de acordo com o MPF, o juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM) já aceitou a denúncia e os três agora são réus no processo. Também foi decretado segredo de justiça nos autos.

Segundo as informações divulgadas pelo MPF, Amarildo e Jefferson confessaram o crime, já a participação de Oseney foi comprovada a partir de depoimentos de testemunhas. O pedido do indigenista para que o jornalista britânico fotografasse o barco dos acusados, que pescavam ilegalmente em território indígena, foi o motivo apontado na denúncia para os crimes.

O órgão informou ainda que não foi dada chance de defesa a Bruno, assassinado com três tiros - um pelas costas -, e que Dom foi morto por estar com o indigenista e para que o caso supostamente não fosse descoberto. Desse modo, o MPF informou que a pena dos réus pode ser agravada pelas qualificadoras de motivo fútil e impossibilidade de defesa.

Bruno e Dom foram vistos pela última vez na manhã de 5 de junho na região da reserva indígena do Vale do Javari. Eles partiram da Comunidade São Rafael e seguiam para Atalaia do Norte. O deslocamento deveria durar cerca de duas horas, mas eles não chegaram ao destino.

As mortes foram oficialmente confirmadas pela Polícia Federal em 15 de junho. Os restos mortais dos dois foram encontrados após Amarildo da Costa Pereira, conhecido como "Pelado", confessar a participação nos homicídios. O corpo de Bruno foi cremado na cidade de Paulista, em Pernambuco, em 24 de junho. Já o funeral do corpo de Dom ocorreu em Niterói, no Rio de Janeiro, em 26 de junho.

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