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O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, esteve na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início da tarde deste domingo (30), após o presidente da corte, ministro Alexandre de Moraes, exigir explicações sobre os motivos pelos quais foram realizadas operações policiais relacionada ao transporte público de eleitores. Segundo a GloboNews, Vasques teria se comprometido a suspender as ações. Ele deixou o local sem falar com a imprensa.
Decisão proferida por Moraes no sábado (29) havia proibido qualquer operação da PRF relacionada ao transporte público, gratuito ou não. O presidente do TSE também proibiu que a Polícia Federal (PF) divulgue, até o final do segundo turno, balanços de operações relacionadas às eleições, sob pena de responsabilização criminal do diretor-geral da PF, por desobediência e crime eleitoral, além da responsabilização dos executores das ações.
As ações que estariam acontecendo neste domingo (30), com a intenção de atrapalhar o deslocamento de eleitores até os locais de votação, foram divulgadas em rede social.
No sábado (29), o diretor-geral da PRF chegou a fazer uma publicação em rede social pessoal pedindo votos ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro. A postagem foi apagada.
Segundo números internos da PRF divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo, o órgão tinha realizado 514 ações de fiscalização contra ônibus até as 12h35 deste domingo. O total de abordagens é 70% maior do que o registrado no primeiro turno, no dia 2 de outubro. Não é possível saber se as abordagens ocorrem antes ou depois da votação dos passageiros.
A Coligação Brasil da Esperança, que reúne partidos que apoiam a candidatura de Lula (PT), divulgou que recebeu diversas denúncias, principalmente no Nordeste, de que agentes da PRF estariam realizando operações para evitar o trânsito de ônibus. “O senhor Ministro da Justiça e o diretor-geral da PRF não estão acima da lei. Eles atacam a democracia e um direito constitucional. Isso não será permitido”, frisou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), membro da coligação.
O grupo de partidos anunciou ter protocolado no TSE um pedido de prisão imediata de Vasques, pelo descumprimento da decisão judicial que determinou a interrupção de operações relacionadas ao transporte público de eleitores.