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Recursos via emendas parlamentares

Líder afirma que União Brasil não é da base de Lula e cobra agilidade na liberação de recursos

Base do governo
O deputado Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

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O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento, afirmou que o partido não consegue ser base do governo Lula no Congresso, mesmo tendo recebido três Ministérios: do Turismo, que tem à frente Daniela Carneiro, Integração, com Waldez Góes, e ainda Comunicação, com Juscelino Filho, que recentemente gerou desgaste no governo por usado aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e recursos públicos em diárias para cumprir compromissos particulares.

As declarações foram feitas ao jornal Folha de S. Paulo e publicadas na noite desta sexta-feira (17). "[Por causa da] configuração do partido, não convém [entrar na base]. Imagine, eu dou uma declaração a vocês que sou base. Eu saio com 20 a 25 deputados me contestando. O que o governo vai ganhar com isso?", disse ele ao jornal.

De acordo com Nascimento, "dois terços do partido topam conversar com o governo, e um terço não", mas dependendo da pauta, todos os deputados podem votar a favor ou contra. Ainda assim, ele afirmou que "60%, 70% do partido representa muito mais do que outros partidos que estavam na composição inicial, como PCdoB e PSB".

Já em relação às críticas da presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, sobre o União Brasil não entregar apoio ao governo, o líder do partido respondeu questionando "qual foi a votação que houve para dizer isso" e lembrou que, como relator na Câmara da PEC da Transição, "se não fosse a gente, não tinha aprovado. Se alguém tem algum crédito aqui, somos nós [- o União Brasil]".

O líder do partido na Câmara afirmou ainda que um dos motivos do travamento do apoio ao governo no Congresso é a morosidade para a liberação do orçamento via emendas. "[O problema é a] agilidade. Com o fim das emendas de relator, metade ficou em emenda impositiva e metade ficou para RP2 [recurso para ministérios]. E houve o acordo para o RP2 continuar a ser executado conforme indicação do Congresso, mas nos programas que o governo fosse apontando. Quanto mais ágil ele for e conseguir fazer rodar isso, mais ele vai ter uma vinculação de base", disse ele.

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