Deputado apoiado por Lira reuniu 17 partidos da esquerda e da direita na aliança para concorrer à presidência da Câmara em 2025.| Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados
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O União Brasil oficializou nesta quarta (13) o apoio ao deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) na candidatura à eleição da presidência da Câmara dos Deputados, no ano que vem. O anúncio ocorre quase duas semanas depois do partido ter confirmado e voltado atrás por resistência do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) de retirar a candidatura.

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A oficialização ocorreu no meio da tarde em uma reunião da direção do partido em que Elmar Nascimento pediu a Hugo Motta que ouça com atenção as demandas dos parlamentares e "ideias" do partido -- incluindo a "proporcionalidade para a ocupação de cargos na mesa [diretora]".

"Você contará com o apoio irrestrito de toda bancada do União Brasil [...] que, a única coisa que vai lhe pedir, é a oportunidade de cada um do estado que representa poder desenvolver da melhor forma possível o seu mandato", disse emendando que "o partido "será a legenda mais bem agraciada pelo mandato do futuro presidente".

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No final do mês de outubro, uma reunião havia confirmado o apoio a Motta, segundo disse à imprensa o deputado Paudernei Avelino (União-AM), que participou das negociações. No entanto, pouco depois, Nascimento junto do presidente da legenda, Antônio Rueda, veio a público dizer que ainda estavam negociando.

Com o apoio do União Brasil, Hugo Motta conseguiu fechar uma aliança com 17 partidos, já que Antônio Brito (PSD) confirmou a retirada de candidatura mais cedo.

"A bancada decidiu, com proposta minha, retirar a candidatura a presidente da Câmara, para que nós possamos dar sequência ao processo que já ocorre com as demais lideranças da Casa e apoiar a candidatura de Hugo Motta à presidência da Casa", disse Brito.

Além do União, a bancada evangélica confirmou o apoio a ele durante um jantar na noite de terça (12) em Brasília. Hugo Motta é, ainda, o candidato do próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para a sucessão.

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Motta já tem o apoio do próprio partido e também do PP, PL, PT, PCdoB, PV, PRD, Rede, Solidariedade, Cidadania, PSDB, PSB, PDT, MDB e Podemos, além do União Brasil e do PSD a partir desta quarta (13). As legendas juntas somam 488 parlamentares, muito acima dos 257 necessários para a vitória de Motta na eleição.

A saída de Elmar Nascimento oficialmente da disputa começou a ser costurada logo depois do PT anunciar o apoio a Motta, mesmo tendo o oposicionista PL na mesma aliança. O deputado do União contava com os petistas por conta da atuação de Hugo Motta durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, em que ele foi um dos algozes.

Nascimento apontava com frequência a proximidade de Motta com o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que encaminhou o impeachment da petista no Legislativo, e argumentou que o União Brasil votou junto do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em temas importantes, principalmente na área econômica.

"Minha candidatura se firma na renovação e no fortalecimento da democracia, valorizando a diversidade de pensamentos. Não buscamos consensos artificiais, mas espaços para a saudável disputa de ideias”, completou.

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