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O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.
O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Após declarações do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sobre propostas de ações que não reconheceriam o resultado das eleições terem chegado a ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Fabiano Contarato (PT-ES), líder do PT no Senado, endereçou ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, um pedido de investigação sobre o caso. As informações são do jornal O Globo.

Em entrevista ao jornal, Costa Neto deixou claro que recusou as propostas e que Bolsonaro, mesmo pressionado pela própria base, também declarou que não faria nada fora da lei. Segundo o dirigente partidário, diversas propostas para deflagrar um ato golpista chegaram a ele e ao ex-presidente. As propostas circulariam entre pessoas do governo, levantando alternativas para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não fosse empossado.

“Nunca comentei, mas recebi várias propostas, que vinham pelos Correios, que recebi em evento político. Tinha gente que colocava (o papel) no meu bolso, dizendo que era como tirar o Lula do governo. Advogados me mandavam como fazer utilizando o artigo 142, mas tudo fora da lei. Tive o cuidado de triturar. Vi que não tinha condições, e o Bolsonaro não quis fazer nada fora da lei. A pressão em cima dele foi uma barbaridade”, declarou.

Declarações inflamam petistas

Com a repercussão das declarações, o senador petista Fabiano Contarato pediu ao STF que investigue o presidente do PL e apure a circulação de minutas golpistas entre membros do governo e pessoas do entorno de Bolsonaro, informou o jornal no sábado (28).

Além disso, o senador quer que Valdemar Costa Neto preste depoimento à Polícia Federal. Para ele, a destruição dos papéis que constituiriam prova das propostas recusadas pelo presidente do PL poderiam constituir crime por “destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor”.

No meio político, a declaração repercutiu junto ao senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que declarou ao O Globo nunca ter recebido propostas semelhantes. "Se ele recebeu, eu não recebi", disse, contrariando as declarações do presidente do PL.

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