Valdemar diz que Tarcísio trocará Republicanos pelo PL; governador negou mudança

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, contrariou a declaração do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), de que não há previsão de trocar de legenda e que está “confortável” na sigla.

A fala de Costa Neto é uma resposta à declaração dada por Tarcísio na última quarta (24), de que deve permanecer no Republicanos mesmo após supostamente ter indicado ao dirigente do PL a intenção de mudar de legenda para possivelmente concorrer à sucessão presidencial em 2026.

“Não tenho dúvida que ele vem. Mas ele tem muita consideração pelo Republicanos e não quer causar nenhum aborrecimento para eles”, disse Costa Neto em entrevista à Folha de São Paulo na quinta (25).

Em meados de maio, Valdemar Costa Neto afirmou que Freitas se filiaria ao PL em junho, o que acabou não ocorrendo.

“Não tem nada previsto. Eu estou muito confortável no Republicanos e devo permanecer no Republicanos”, disse o governador de São Paulo em entrevista à GloboNews na quarta (24), sem entrar em detalhes.

A migração seria o início de um movimento para disputar a presidência da República em 2026, já que é apontado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como maior potencial da direita.

“Estive em um jantar com o [senador] Rogério Marinho e com o governador Tarcísio. Ele me disse que vem antes das eleições, acredito que até julho. O PL fará uma festa para recebê-lo”, afirmou Costa Neto.

A ligação do Republicanos com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também é apontada nos bastidores como um motivo para a troca pelo PL. Freitas é opositor do atual presidente, mas seu partido ocupa um ministério na Esplanada, o de Portos e Aeroportos.

O governador de São Paulo é também muito cobrado pelo presidente a comparecer aos eventos oficiais do governo federal no estado. Freitas, no entanto, não costuma participar.

A possível candidatura para a presidência da República em 2026 também não é confirmada por Freitas, que diz que pretende seguir à frente do governo paulista. “Não tenho nenhum plano para 2026, zero”, disse ao Metrópoles no mês passado.