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O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou nesta quarta-feira (11) que a pasta vai ampliar a presença de forças de segurança federais para tentar conter a escalada de violência no Rio de Janeiro. O ministério confirmou o envio de 300 agentes da Força Nacional ao estado. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), solicitou ainda ao governo federal o reforço de agentes para o patrulhamento de estradas e rodovias.

“A partir da semana que vem nós vamos ampliar muito a presença das forças de segurança no Rio de Janeiro, com a PRF [Polícia Rodoviária Federal], PF [Polícia Federal] e com a Força Nacional. Na semana que vem toda nossa equipe estará no Rio, reforçando e ampliando o trabalho de enfrentamento ao crime organizado no estado”, disse Cappelli nas redes sociais.

Nesta segunda (9), o governo do Rio deu início a uma megaoperação para conter o tráfico de drogas no estado. No primeiro dia, a “Operação Maré” fez a apreensão de 600 kg de drogas, que causou um prejuízo estimado de 12 milhões ao Comando Vermelho. Mais de mil policiais foram mobilizados para atuar nas comunidades da Maré, Cidade de Deus e Vila Cruzeiro durante a operação. Além disso, entre os objetivos da ação está o cumprimento de mandados de prisão, entre eles de suspeitos ligados aos assassinatos a tiros de médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na semana passada.

Por isso uma etapa da operação foi realizada dentro dos presídios como resposta à suposta videoconferência feita por chefes do Comando Vermelho que teriam ordenado a morte dos suspeitos de terem matado os médicos. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que também atua na força-tarefa do estado no combate à criminalidade, apreendeu 58 aparelhos celulares (34 em Bangu 3 e 24 em Bangu 4), além de um quilo de entorpecentes.

Nesta terça (10), a polícia retomou um “centro de treinamento tático” de facções criminosas. “É uma resposta do Estado principalmente por devolver esse espaço público, que ficou emblemático com a piscina, aos moradores, às crianças e à comunidade. Ontem atacamos uma facção e hoje estamos atacando outra. O cerco acontece desde a madrugada”, disse José Renato Torres, secretário da Polícia Civil, ao portal g1.

Na terceira etapa da Operação Maré, iniciada nas primeiras horas desta quarta (11), agentes das forças estaduais de segurança atuaram em comunidades da Cidade Alta, Cinco Bocas, Pica Pau, Complexo do Chapadão e cinco pontos do Complexo da Maré, todas na Zona Norte do Rio, além do Parque das Missões, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O governo do Rio informou que esta fase tem como foco a prisão de criminosos que fugiram para outras comunidades, o cumprimento de mandados de prisão e a retomada de territórios.

“O trabalho das nossas forças de segurança está focado em desarticular essas máfias e é incansável. Somente hoje, foram detidas 12 pessoas que estavam cometendo diversos atos criminosos na capital e Baixada Fluminense, com efeitos em toda a população. O prejuízo causado a essas organizações já chegou à casa de R$ 20 milhões”, disse o governador.

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