Os dados da menina de dez anos que engravidou após ser vítima de estupros em São Mateus, Espírito Santo, foram vazados ilicitamente e o caso está sendo apurado a pedido da Promotoria Criminal de São Mateus e do Ministério Público Federal do Espírito Santo, segundo o promotor de Justiça da Infância e Juventude Fagner Cristian Andrade Rodrigues.
Segundo Andrade Rodrigues, o nome da vítima, o endereço da família e a escolha de ambas estavam sob sigilo legal "quando radicais obtiveram ilicitamente esses dados" e iniciaram um trabalho "organizado de violência psicológica e achaque público" contra a responsável pela vítima.
"Dados da vítima vazados ilicitamente foram utilizados pela extremista Sara Geromini em coordenação com seus seguidores para produzir um espetáculo midiático cruel que mobilizou o país ao tempo em que a vítima era chamada de assassina por fundamentalistas que tentavam invadir o Cisam [Centro Integrado de Saúde da Mulher] e impedir o procedimento [de interrupção da gravidez]", afirmou o promotor em nota neste domingo (23).
A Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de São Mateus abriu processo para responsabilização por dano moral coletivo dos envolvidos e também ajuizou uma ação civil pública por danos morais coletivos contra Geromini. O órgão esclareceu que a criança possui advogado constituído e, caso uma ação quanto ao dano moral individual sofrido pela menina não seja ajuizada, o Ministério Público o fará.
"A maior contribuição que se pode dar a ela neste momento é deixá-la em paz", afirmou o promotor sobre o direito da criança de não ser revitimizada.
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