O vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá disse, em entrevista para O Globo, que o Centrão dá estabilidade política ao Brasil, mas que o governo precisa se livrar de “puxa-sacos e incompetentes” chamando “sangue novo”. O deputado federal, que foi eleito prefeito de Maricá/RJ, também mencionou que é preciso manter relações com figuras do Centrão como o presidente da Câmara, Arthur Lira.
“O Centrão existe. Você pode não gostar do diabo, mas ele existe. É preciso conviver, ter relação. Não tinha jeito, podem falar mal do Lira à vontade, mas ele deu estabilidade ao governo. O que era essencial foi aprovado”, disse Quaquá na entrevista.
A estabilidade do governo por meio do apoio do Centrão foi enfatizada pelo petista ao comentar a possibilidade de uma reforma ministerial. “O Centrão tem que fazer parte do governo, é ele que dá estabilidade política ao Brasil. Este é o Congresso que o país produziu. Com eles aprovamos um novo marco fiscal, fizemos a reforma tributária, temos taxas de crescimento e desemprego baixo”.
Quaquá, no entanto, não deixou de considerar a possibilidade de novas alianças e a necessidade de “se livrar” de alguns quadros do governo. “Mas é claro que precisamos avançar, criar novas políticas para os setores precarizados, para o empreendedor. Ou seja, formatar um projeto de desenvolvimento de longo prazo. Para isso, precisamos chamar sangue novo e nos livrarmos dos incompetentes e puxa-sacos do governo”, disse o vice-presidente do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sem, no entanto, citar nomes.
O petista também avaliou que o governo tem conseguido aprovar todas as matérias que tinham que ser votadas, mas fez uma ressalva. “Tirando essa coisa que não serve para nada chamada pauta identitária, passou tudo”, disse o vice-presidente do partido.
Ao ser questionado sobre o fato de Lira ter viabilizado a condução da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara à deputada Caroline de Toni (PL), aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Quaquá alegou que o fato ocorreu pois o PT demorou para apoiar Lira. “A CCJ foi para o PL porque o PT demorou a apoiar o Lira. Desta vez, apoiamos o Hugo Motta desde o início, então vamos ter mais condições de negociação. Na política, quem chega primeiro bebe água limpa”, enfatizou o petista.
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