O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu a nota emitida pelo Itamaraty sobre o ataque do Irã a Israel e disse que “o Brasil condena sempre qualquer ato de violência e conclama sempre ao entendimento entre as partes”.
No último sábado (13), o Irã lançou mais de 300 drones mísseis contra Israel, além disso um navio de contêineres ligado a um empresário israelense foi capturado pela Guarda Revolucionária iraniana.
Ainda no sábado à noite, o Itamaraty divulgou uma nota sobre o caso, mas não condenou formalmente os ataques iranianos.
Desde então, o governo Lula tem sido criticado pelo tom da nota, a exemplo do que ocorreu no ano passado, quando o governo resistiu em classificar o grupo Hamas como terrorista após os ataques de outubro, quando civis israelenses desarmados, entre eles idosos, mulheres e crianças, foram assassinados pelo Hamas.
“A nota é essa, a nota foi feita. Foi feita à noite. Ela foi feita à noite quando todo o movimento começou e nós manifestamos o temor que o assunto, o início da operação, pudesse contaminar outros países. À noite, a todo momento em que não tínhamos, claro, a extensão ou o alcance das medidas tomadas. E sempre fizemos o que fazemos, sendo um apelo para a contenção e medição das duas partes”, disse o ministro no início da tarde desta segunda-feira (15) em declaração conjunta com a chanceler da Argentina, Diana Mondino.
No domingo (14), o embaixador do Brasil no Irã, Eduardo Gradilone, minimizou o ataque a Israel e disse que vê “clima para o fim das tensões”. De acordo com Gradilone, Israel saiu fortalecido do ataque e os mísseis não atingiram os alvos nem causaram baixas entre os israelenses por conta do sistema de defesa.
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