O voo com o grupo de 32 brasileiros e parentes diretos que deixou Gaza no domingo (12) decolou para o Brasil na manhã desta segunda (13), com previsão de chegada em Brasília à noite. O avião presidencial designado para o resgate deixou o aeroporto internacional do Cairo, no Egito, por volta das 7h.
O último voo da Operação Voltando em Paz transporta 22 brasileiros com dupla nacionalidade e dez palestinos familiares. Duas outras pessoas que pediram ajuda ao governo brasileiro para o resgate – mãe e filha – desistiram de voltar pouco antes de atravessar a fronteira de Gaza com o Egito.
Este voo de resgate fará escalas técnicas em Las Palmas (Espanha) e Recife antes de pousar em Brasília. Havia uma escala em Roma (Itália) que foi suspensa pouco depois do que foi informado pelo governo, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o que fez diminuir a previsão de pouso no Brasil da madrugada de terça (14) para por volta de 23h30.
Ao chegar na capital federal, o grupo deve ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e José Múcio Monteiro (Defesa).
Com este décimo voo da operação, a força-tarefa para o resgate de brasileiros em meio à guerra entre Israel e o Hamas resgatou 1.477 pessoas entre os repatriados agora pelo Egito e, até a semana retrasada, por Tel Aviv e pela Cisjordânia.
O comerciante Hasan Rabee, que compartilhou nas redes sociais o dia a dia em Gaza durante as três semanas de espera pela repatriação, expressou alegria junto do grupo minutos antes de embarcar no voo da FAB no Cairo. “Que alegria dos brasileiros verem o avião”, disse.
Ao chegarem ao Brasil na próxima madrugada, o grupo ficará hospedado por dois dias em um alojamento da FAB em Brasília para tratar dos trâmites burocráticos de imigração e de regularização de cada um deles. Serão fornecidos documentação, alimentação, apoio psicológico, cuidados médicos e imunização.
“Há todo um esquema de recepção. Um sistema de apoio e acolhimento em que serão oferecidos identidade, permissão de trabalho, acesso ao Sistema Único de Saúde, à rede de apoio social para refugiados, além da regularização da situação de cada um", explicou Mauro Vieira em uma coletiva de imprensa no domingo (12).
Alguns integrantes do grupo já têm familiares no Brasil e serão abrigados por eles em várias cidades. No entanto, outros “quase metade, não tem onde ficar. O Governo Federal já preparou, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social, um local onde essas pessoas ficarão acolhidas no interior de São Paulo”, explicou Augusto de Arruda Botelho, secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Ainda segundo o secretário, a ajuda a eles será dada por tempo indeterminado como refugiados.
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