Walderice Santos da Conceição, ex-assessora parlamentar de Jair Bolsonaro (PL), foi golpeada nas costas neste sábado (28) durante um comício do prefeito de Angra dos Reis (RJ) e candidato à reeleição, Claudio Ferreti (MDB). De acordo com informações divulgadas por O Globo, Wal do Açaí, como é mais conhecida, foi levada ao Complexo de Saúde no Parque Mambucaba, distrito de Angra, logo após o incidente.
Ainda conforme o jornal, testemunhas relataram que Wal, servidora de Bolsonaro quando ele era deputado federal, foi chamada de "traidora" antes de ser agredida por não apoiar Renato Aráujo (PL), candidato opositor de Ferreti, apoiado pela família Bolsonaro. A deputada estadual fluminense Célia Jordão (PL), que também apoia Ferreti, estava presente ao comício e acompanhou Wal até a unidade de saúde, registrando o ocorrido em vídeo.
"Esse extremismo é inaceitável. Vivemos em uma democracia. A Wal escolheu o número 15, mas ninguém é mais bolsonarista de coração do que ela. Fico triste em ver uma mulher sendo agredida pelas costas e chamada de traidora. Como deputada e mulher, acho isso inaceitável", declarou Célia.
Em outro vídeo, o prefeito Claudio Ferreti também condenou o ataque, afirmando que Wal do Açaí foi agredida de forma covarde e destacou que "campanha política não é lugar para radicalismo, violência ou agressão".
Walderice ficou conhecida nacionalmente após ser acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser funcionária fantasma no gabinete de Bolsonaro entre 2003 e 2018, quando ele era deputado. Embora oficialmente lotada em Brasília, ela admitiu ao MPF, em 2018, que nunca esteve na capital federal.
Moradora de Angra dos Reis, Wal do Açaí ganhou esse apelido por manter uma loja de açaí na região. Em março de 2022, o MPF entrou com ação contra Bolsonaro e sua ex-assessora, que foi representada pela Advocacia-Geral da União (AGU) durante o processo.
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