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O advogado Frederick Wassef acionou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para questionar a apreensão de seus quatro celulares determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No último dia 16, Wassef foi alvo de busca e apreensão no âmbito do inquérito que apura o desvio de presentes oficiais da Presidência da República. Wassef considera que a operação pode ter ocorrido de forma ilegal, pois a OAB não acompanhou a ação da Polícia Federal, segundo apuração da colunista Bela Megale, no jornal O Globo.
A OAB enviou uma petição a Moraes para falar das prerrogativas que envolvem o caso por se tratar de um advogado. No entanto, a entidade não solicitou a anulação de nenhuma prova. A OAB pede para o Supremo “resguardar o sigilo de eventuais informações estranhas à investigação oriundas do cumprimento de medida de busca e apreensão”. Além disso, o presidente da entidade, Beto Simonetti, solicitou uma audiência com o ministro para discutir a situação de Wassef.
A operação da PF contra o advogado ocorreu dois dias depois dele admitir que recomprou nos Estados Unidos um relógio da marca Rolex vendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para devolver à União. Nesta quinta (31), Wassef prestou depoimento na sede da PF em São Paulo sobre o caso. "Estou absolutamente tranquilo, jamais cometi qualquer irregularidade ou ilícito e tenho sido vítima de fake news. Jamais mudei de versão, jamais voltei atrás", disse a jornalistas antes da oitiva.