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O advogado Frederick Wassef admitiu nesta terça-feira (15) ter comprado o relógio Rolex vendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante uma entrevista coletiva, Wassef disse que foi aos Estados Unidos no dia 14 de março deste ano e usou o próprio dinheiro para reaver a peça. Segundo o advogado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não solicitou a recompra do relógio.
“Eu comprei o relógio. A decisão foi minha. Usei meus recursos. Eu tenho a origem lícita e legal dos meus recursos. Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e eu usei o meu dinheiro para pagar o relógio. Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente para devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil, à Presidência da República”, disse.
“Eu tomei a decisão de comprar. Foi solicitado. Comprei. E fiz chegar ao Brasil. Se quiser perguntar detalhamento, qual voo, que horas você entrou, para quem você deu, nesse momento não posso falar”, acrescentou. Wassef afirmou que recomprou o relógio após o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar a devolução da peça à União.
"Usei do meu dinheiro para pagar o relógio. O meu objetivo quando comprei o relógio era cumprir a decisão do Tribunal de Contas da União", afirmou. O advogado ressaltou que a compra, no valor de US$ 49 mil, foi declarada à Receita Federal. Ele não explicou quem teria solicitado a recompra da peça.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, Wassef teria sido escalado para recomprar o relógio. O advogado negou ter participado de uma “operação de resgate” da peça.
Na última sexta (11), o advogado foi um dos alvos da operação da PF por suspeita de envolvimento em um esquema que teria desviado presentes oficiais recebidos por Bolsonaro. Na segunda (13), Wassef afirmou, em nota, que só ficou sabendo da existência das joias neste ano ao ver matérias divulgadas na imprensa.