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Rio de Janeiro

Witzel ataca delator e diz ser “linchado politicamente por contrariar interesses poderosos”

O governador afastado do Rio Wilson Witzel e o ex-secretário Edmar Santos, que delatou suposto esquema de loteamento de cargos e contratos no governo, em foto de 30 de março de 2020.
Witzel e o ex-secretário Edmar Santos, que delatou suposto esquema de loteamento de cargos e contratos no governo, em foto de 30 de março de 2020: "Jamais compactuei com os atos de corrupção patrocinados pelo ex-secretário Edmar", disse Witzel neste domingo (30/8). (Foto: Rogerio Santana/Governo do RJ)

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Em seu terceiro dia afastado do cargo de governador do Rio por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Wilson Witzel (PSC) usou o Twitter para atacar o ex-secretário Edmar Santos, que em delação premiada denunciou suposto esquema de loteamento de cargos e contratos no governo fluminense. Na postagem, Witzel também diz ser inocente e que está trabalhando em sua defesa – que, segundo ele, vem sendo "cerceada".

O governador foi afastado por suspeitas de desvios na Saúde em plena pandemia do novo coronavírus.

"Estou sendo linchado politicamente por contrariar interesses poderosos. Não descansarei até demonstrar que fui enganado e provar minha inocência", escreveu. "Enquanto foram encontrados R$ 8,5 milhões em espécie com o delator, o ex-secretário Edmar, em minha casa nada foi achado, salvo contratos com notas fiscais emitidas. Ainda assim, o MPF resolveu considerá-los 'propina'."

O ex-secretário de Saúde, chamado por Witzel de "canalha" na sexta-feira (28), data do afastamento, tem sido o principal alvo de seus ataques, junto com o presidente Jair Bolsonaro, acusado por ele de influenciar nas investigações por motivação política.

Em delação premiada, Edmar Santos fez diversas acusações contra Witzel e a linha sucessória do governo, composta pelo vice, Cláudio Castro, e pelo presidente da Alerj, André Ceciliano. Edmar chegou a ser preso a pedido do Ministério Público do Rio, mas, por solicitação da Procuradoria-Geral da República, foi solto e fechou o acordo de delação.

"Ainda nem deu tempo para a defesa provar que o único ato praticado por mim em relação à (organização social) Unir contrariou interesses espúrios do delator, mas já fui punido com o afastamento do cargo. Tão logo soube das irregularidades, afastei os envolvidos", continuou Witzel na sequência de tuítes.

"Não posso responder por atos de terceiros que tenham agido de má-fé. Jamais compactuei com os atos de corrupção patrocinados pelo ex-secretário Edmar. Ele traiu a todos nós e, pelas investigações, já vinha sendo corrupto desde 2016", prosseguiu o governador afastado.

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