O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma nova manifestação antes de decidir sobre o desbloqueio da rede social X.
Nesta sexta-feira (4), a X Brasil Ltda, empresa que representa a plataforma no país, enviou ao ministro o comprovante de pagamento das multas de R$ 28,6 milhões que ele cobrava, última condição imposta para que a rede voltasse a funcionar.
Em nova decisão, divulgada pelo STF no fim da tarde, Moraes, no entanto, determinou que o valor, depositado pela X numa conta da Caixa Econômica Federal, seja transferido para uma conta no Banco do Brasil.
Só depois disso, o processo será encaminhado à PGR para que se manifeste sobre o pedido de desbloqueio. Moraes não informou os próximos passos, deixando em aberto o momento em que, enfim, decidirá se irá por fim ou não à suspensão do X.
“Há, portanto, necessidade de regularização do depósito realizado pela X BRASIL INTERNET LTDA, para que haja o efetivo e integral adimplemento das multas”, escreveu o ministro. Há mais de duas semanas, o X tenta regularizar sua situação no Brasil para voltar a operar.
Moraes havia feito três exigências para a volta da rede: o pagamento das multas (inicialmente estipuladas em R$ 18,3 milhões, depois elevadas para R$ 28,6 milhões); a nomeação de uma representante legal com “amplos poderes” para receber as ordens do Judiciário; e o bloqueio de perfis que, segundo o ministro, estavam expondo delegados da Polícia Federal a ameaças.
Na semana passada, o X comprovou o cumprimento das exigências iniciais, mas Moraes cobrou R$ 10,3 milhões a mais por causa da volta temporária do funcionamento da rede no Brasil por dois dias em setembro – a empresa alegou que isso ocorreu de forma acidental, embora o ministro tenha apontado uma suposta manobra para burlar a suspensão.
Nesta sexta, a empresa enviou ao ministro comprovante do pagamento de todas as multas numa conta da Caixa, por meio de um Documento para Depósitos Judiciais ou Extrajudiciais. Moraes, no entanto, afirmou que o valor deveria ter sido depositado numa conta do Banco do Brasil vinculada ao processo que tramita no STF.
“O depósito do valor de R$ 28.600.000,00 (vinte e oito milhões e seiscentos mil reais) não foi realizado corretamente na conta vinculada a estes autos, em que pese sua existência ser de pleno conhecimento da requerida em face dos bloqueios e depósitos realizados anteriormente”, acusou o ministro na decisão divulgada no fim da tarde.
Entre executivos da empresa, há a percepção de que Moraes não quer liberar a plataforma antes das eleições municipais.
Na decisão que suspendeu o X, em 30 de agosto, ele acusou a plataforma de permitir “divulgação massiva de desinformação, discurso de ódio e atentados ao Estado Democrático de Direito, violando a livre escolha do eleitorado, ao afastar as eleitora e eleitores de informações reais e corretas”.
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Trump volta à Casa Branca
Com Musk na “eficiência governamental”: os nomes que devem compor o novo secretariado de Trump
“Media Matters”: a última tentativa de censura contra conservadores antes da vitória de Trump
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião