Mensagens vazadas apontam que Alexandre de Moraes Moraes teria usado TSE como braço investigativo contra apoiadores de Bolsonaro no STF.| Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE
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A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) criticou nesta terça-feira (13) a nova revelação feita pela Folha de São Paulo sobre a atuação do ministro Alexandre de Moraes, quando ele foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para Zanatta, o caso é uma “bomba”.

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”Relatórios extraoficiais produzidos pelo TSE a pedido do ministro Alexandre de Moraes foram usados para embasar decisões no polêmico inquérito das fake news no STF. Mensagens vazadas mostram como o setor de combate à desinformação do TSE, presidido por Moraes, atuou como braço investigativo do Supremo contra bolsonaristas”, escreveu a parlamentar pela rede X.

Conforme a deputada, a reportagem da Folha mostra que “as mensagens revelam que o gabinete de Moraes no STF solicitou de forma informal, via WhatsApp, relatórios que embasaram medidas como cancelamento de passaportes e bloqueio de redes sociais de figuras como Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo

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Zanatta também acrescentou que “a comunicação fora do rito tradicional levantou preocupações até entre os próprios assessores do ministro”.

“O uso de relatórios sem ordens oficiais coloca em xeque a legalidade das provas e intensifica a polêmica em torno do inquérito, que já era absurdo por sua própria natureza”, alertou a deputada.

Ação contra apoiadores de Bolsonaro

O gabinete do ministro Alexandre de Moraes teria investigado apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com base em relatórios solicitados informalmente à Justiça Eleitoral no inquérito das fake news durante e após as eleições de 2022.

O setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido usado como uma espécie de braço investigativo do gabinete do ministro para a investigação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (13), após a publicação ter acesso a mensagens e áudios trocados entre assessores de Moraes.

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