O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou decisão da justiça do Distrito Federal que censurou trecho de reportagem da revista Piauí por considerar que o entendimento ia contra a liberdade de imprensa.
A matéria foi publicada na edição de junho da Piauí e relatava as alterações feitas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro para esvaziar o programa Mais Médicos, além de apontar suspeitas de irregularidades no programa que foi lançado para substituir o anterior, batizado de Médicos pelo Brasil.
Para o ministro Cristiano Zanin, "a liberdade de imprensa aparentemente foi colocada em segundo plano em relação aos direitos de intimidade dos autores", contrariando entendimento do Supremo Tribunal Federal.
A justiça do Distrito Federal tinha determinado que a revista tirasse os nomes de pessoas citadas na matéria do site e da edição impressa, medida que foi criticada por associações de imprensa, que apontaram violação à Constituição e censura no caso.
Zanin considerou ainda que a decisão que 'censurou' a reportagem não demonstrava "de que maneira o conteúdo da matéria jornalística teria incorrido em abuso ou má-fé no direito de informar".
O ministro afirmou que a regra é que eventual prejuízo à honra deve ser analisado posteriormente, "não sendo cabível medida judicial que imponha o recolhimento liminar de todos os exemplares físicos de uma edição de uma revista de caráter nacional".
O texto da revista falava sobre casos de amigos de dirigentes da Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), criada em 2020 e responsável pelo programa Médicos pelo Brasil, e que teriam sido contratados para cargos no órgão. O tema é investigado por uma comissão criada, em fevereiro, no governo Lula, com o objetivo de apurar denúncias de irregularidades.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião