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Ex-advogado de Lula

Zanin se declara impedido de julgar recurso de Bolsonaro contra inelegibilidade

Zanin se declarou impedido de julgar recurso da defesa de Bolsonaro contra decisão do TSE que tornou o ex-presidente inelegível. (Foto: Carlos Moura/SCO/STF. )

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin se declarou impedido nesta terça-feira (7) de julgar um recurso apresentado por Jair Bolsonaro (PL) contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente inelegível por oito anos. Zanin, que é ex-advogado do presidente Lula (PT), foi sorteado como relator do caso em dezembro de 2023.

Em junho do ano passado, o TSE decidiu tornar Bolsonaro inelegível por abuso de poder político e desvio de finalidade por realizar uma reunião com embaixadores, em julho de 2022, na qual criticou a segurança das urnas eletrônicas. A ação foi movida pelo PDT.

Bolsonaro esgotou as possibilidades de recurso no TSE e agora tenta reverter a decisão no Supremo. A defesa do ex-mandatário pediu que Zanin fosse impedido de conduzir a relatoria do recurso.

Os advogados argumentaram que o magistrado representava a coligação petista durante a campanha de 2022 e também apresentou uma ação questionando a reunião com embaixadores. O ministro encaminhou o pedido para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não viu motivo para o impedimento do ministro.

Zanin afirmou que a contestação da defesa de Bolsonaro foi apresentada fora do prazo estabelecido pela Corte. No entanto, ele reconheceu que apresentou uma ação semelhante à apresentada pelo PDT contra o ex-presidente durante a campanha.

O ministro se declarou impedido de julgar o recurso “a despeito da manifestação da PGR” para “imprimir a necessária economia processual”. Ele destacou na decisão que o impedimento “refere-se apenas e tão somente ao presente recurso”.

Zanin encaminhou sua decisão para análise da Primeira Turma do STF no plenário virtual. Com isso, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux deverão julgar o impedimento ao longo desta quarta-feira (8).

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