Pouco antes da abertura da sabatina do advogado Cristiano Zanin na Comissão e Constituição e Justiça (CCJ), indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), o clima entre senadores membros era de tranquilidade e de confiança nas perspectivas de aprovação do indicado antes do começo da noite.
O senador Veneziano Viral do Rego (MDB-PA), relator da indicação de Zanin pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou a expectativa de aprovação pelo Senado e disse esperar comportamento elegante dos senadores que rejeitam o nome do advogada, sem nem recebê-lo no gabinete. “Zanin tem mostrado equilíbrio em suas respostas e tudo isso contribui favoravelmente”, disse.
Quanto à questão da impessoalidade, que será explorada pela oposição, Vital do Rêgo confrontou o caso com o do ministro André Mendonça, por ser “íntimo da família Bolsonaro e quase um líder espiritual da primeira dama”. Ele defendeu a discussão pelo Congresso de um novo modelo de indicação de ministros do STF e fixação de mandatos para eles, após a aprovação das matérias econômicas mais importantes.
Para o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), a sabatina será uma oportunidade para Zanin esclarecer relação dele com Lula. “É algo que tem de ser bem definido”, disse. De toda maneira, ele entende que “a natureza da Casa favorece a aprovação de Zanin, dando chance menor de indisposição”. Ele também acha que as polêmicas envolvendo o nome do advogada reforçam a necessidade de rever o modelo de indicação.
Sem querer declarar voto, o senador Laércio Oliveira (PP-SE), afirmou que o tradicional périplo de Zanin pelos gabinetes mostrou-se positivo para ele. “Na conversa que tivemos, ele se mostrou experiente e deixou mostras do pensamento que tem para o Brasil, indicando como se comportará”, disse, lembrando que a prerrogativa de Lula escolher não exclui a importância de questionamentos de senadores. De toda forma, Oliveira considerou o ambiente favorável à aprovação do candidato à vaga.
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