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O governador Romeu Zema (Novo-MG), de Minas Gerais, afirmou que está confiante que a condenação à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser revertida na Justiça, em vista que há “tantos descondenados” no país.
A fala foi também uma alfinetada no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve a condenação por envolvimento na Lava Jato anulada, o que abriu caminho para disputar a eleição de 2022.
“Tudo muda… Aqui no Brasil alguém é condenado e ninguém esperava, alguém é ‘descondenado’ e ninguém esperava. Não é isso? Já tivemos tantos "descondenados" aqui, por que não ele”, questionou em uma entrevista à CNN Brasil na segunda (29).
Apesar da cutucada em Lula, Zema negou que tenha qualquer problema na relação com o presidente, a qual classifica como boa apesar de não possuir propostas em comum.
Ele ainda deixou claro que está à disposição para disputar o Palácio do Planalto em 2026, indicando a intenção de ser uma opção viável para o campo da direita.
“Posso ser um apoiador, posso ser um candidato, o que eu quero é contribuir para um país melhor”, destacou.
Embora tenha se colocado como uma opção viável para a direita à sucessão presidencial se for mantida a inelegibilidade de Bolsonaro, Zema não é apontado como um nome forte – ele próprio já indicou que o candidato ideal seria Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Na mais recente pesquisa de intenção de votos para a eleição de 2026, Zema ficaria atrás de Lula e Ciro Gomes (PDT) em um dos cenários apurados, e atrás de Bolsonaro, Freitas, Michelle Bolsonaro (PL) e Eduardo Leite (PSDB) em outro.
Já Tarcísio de Freitas é o que mais se aproximaria de Lula junto da ex-primeira-dama.