O governador Romeu Zema (Novo-MG), de Minas Gerais, disse nesta sexta (19) que Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), governador de São Paulo, é o nome mais forte da direita para disputar as eleições presidenciais de 2026 se Jair Bolsonaro (PL) seguir inelegível.
Zema é apontado como um dos possíveis candidatos da direita além de Tarcísio e Ronaldo Caiado (União-GO), que já expressou a intenção de concorrer à sucessão presidencial.
“Hoje, com certeza é o Tarcísio, pela relevância do estado de São Paulo. Algumas pesquisas já apontam o Tarcísio. Se for para chegar lá de pés e mãos amarradas, eu prefiro que outro vá”, disse Zema a jornalistas em um evento em Belo Horizonte.
Romeu Zema apontou Bolsonaro como o candidato mais viável para 2026, mas devido à inelegibilidade do ex-presidente, vê em Tarcísio a alternativa mais forte. Há duas semanas, ele citou ainda o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD-PR) como outro possível candidato da direita nas próximas eleições presidenciais.
“Nós, governadores de centro-direita, temos conversado muito, nos aproximado, e no que depender de mim estarei apoiando o nome que o grupo vier analisar como o mais viável. Se for o meu, serei candidato”, disse.
Em outra entrevista, no mês passado, ele não descartou a possibilidade de disputar como vice-presidente, mas afirmou que não tem perfil para cargos legislativos.
Ainda nesta sexta (19), Zema também rebateu críticas do ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, que o acusou de deixar o estado à beira de um colapso por causa da dívida bilionária que já chega a R$ 165 bilhões.
Zema destacou que seu governo já pagou R$ 6,7 bilhões à União desde 2022, sendo a administração que mais pagou dívida na história do estado, “ao contrário do que diz por aí um ministro”, mas sem nominar Silveira.
Na última quarta (17), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou para 1º de agosto o prazo para Minas Gerais retomar o pagamento de sua dívida com a União. O estado tenta adiar o pagamento até a aprovação do projeto de renegociação proposto pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que prevê, entre outras medidas, a federalização de empresas estatais do estado.
Mais cedo, ele se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Tadeu Leite (MDB), para discutir a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) que celebra um novo contrato de refinanciamento da dívida com a União. A proposta foi aprovada em segundo turno na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da casa e pode ir a votação em plenário.
"Enquanto isso, continuamos juntos em busca de uma extensão do prazo no STF até que uma proposta alternativa seja viabilizada pelo Congresso e União", pontuou.
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