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Novo e MBL votam contra transparência eleitoral, que antes defendiam
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A rejeição da PEC do voto impresso auditável por 23 votos contrários a 11 doeu ao governo mais do que a base na Câmara esperava. Governistas apostavam em uma derrota por 17 votos a 14, com três abstenções. Apesar da derrota, os defensores da pauta prometem fazer o possível para que a proposta seja discutida no plenário da Câmara.

A estratégia da base governista é demandar ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) 135/19 em sessão plenária. Ele mesmo disse que essa é uma possibilidade caso a proposta fosse rejeitada na comissão especial. "É um assunto que a gente vai trabalhar", comentou.

Votaram contra a PEC: Geninho Zuliani (DEM-SP); Kim Kataguiri (DEM-SP); Raul Henry (MDB-PE); Marcio Alvino (PL-SP); Edilazio Junior (PSD-MA); Júnior Mano (PL-CE); Fábio Trad (PSD-MS); Rodrigo Maia (sem partido-RJ); Tereza Nelma (PSDB-AL); Paulo Ramos (PDT-RJ); Marreca Filho (Patriota-MA); Orlando Silva (PCdoB-SP); Israel Batista (PV-DF); Bosco Saraiva (Solidariedade-AM); Arlindo Chinaglia (PT-SP); Carlos Veras (PT-PE); Odair Cunha (PT-MG); Aliel Machado (PSB-PR); Milton Coelho (PSB-PE); FernandaMelchionna (Psol-RS) ; Paulo Ganime (Novo-RJ); Perpétua Almeida (PCdoB-AC); Valtenir Pereira (MDB-MT).

Caso o leitor não tenha percebido, na lista temos o Kim Kataguiri, do MBL, e Paulo Ganime, do Novo. Ambos sempre defenderam a importância de mais transparência e segurança no voto, assim como Rodrigo Maia. Mas, pelo visto, a obsessão é ir contra Bolsonaro em tudo, mesmo quando para isso é preciso ir contra o Brasil, manter um sistema "inviolável" que, como ficamos sabendo graças ao presidente, foi violado por meses por um hacker.

A reação do Novo e do MBL é ainda pior, pois adotam uma narrativa diametralmente oposta ao que defendiam até ontem. Quem explica essa guinada? Quem mudou? Por que mudou? São os mesmos, vale dizer, que acusam a direita que enxerga virtudes no governo de "gado bolsonarista" ou "bolsopetista", enquanto votam ao lado do PT e do PSOL em várias pautas, agindo como gado lulista. Eis o que o moleque Kim escreveu:

Um petista não faria uma propaganda enganosa melhor! Kim foi eleito com discurso liberal, mas virou um galinho corococó, que acaricia Rodrigo Maia e cospe em sua base eleitoral. O deputado Eduardo Bolsonaro alfinetou: "Pessoal esperando que ele fosse ser um novo Lindberg Farias. Está saindo pior do que o esperado..." A reação nas redes foi implacável: Kim foi acusado de traidor, canalha e mau caráter, e com toda razão. Eis o que a turma do MBL dizia antes:

Quem explica tanta mudança de forma tão repentina? O mesmo vale para o Partido Novo, que nasceu tão velho quanto o PSDB, apenas com um manto alaranjado para mascarar a essência tucana. Eis a nota oficial que o partido soltou, ignorando que João Amoedo defendia o voto impresso por mais transparência antes, como algo bem natural:

Há vídeos de Amoedo defendendo o oposto! E há essa resposta oficial também do partido:

Quem é do velho Novo perdeu meu apoio e respeito, assim como o de milhões de brasileiros patriotas. Essa turma do Novo e do MBL está num projeto particular de poder, e parece pouco interessada no Brasil. Quem pode ser contra mais transparência? Isso sem falar que veio a público um caso que o TSE tentou mascarar, com Fake News de seu presidente Barroso, mostrando a fragilidade do atual sistema.

Essa mudança radical na postura não foi apenas de políticos, mas de jornalistas. Foi o caso de Reinaldo Azevedo, que defendeu auditoria tucana em 2014 por indícios de fraudes, e hoje chama de golpista quem defende mais transparência. E seu discípulo, Guilherme Macalossi, foi na mesma linha. Antes defendia mais transparência, hoje ataca aqueles que defendem o mesmo, e ainda o faz com mentiras e distorções para lacrar perante a patota do selo azul, levando invertida de deputado sério:

A postura dessa Nova Esquerda que se diz liberal ou mesmo conservadora passou de qualquer limite do aceitável, e até alguns isentões jogaram a toalha. Foi o caso de Flavio Quintela, que se tornou um antibolsonarista ferrenho, mas que percebeu agora o jogo sujo dos antibolsonaristas "liberais":

“Um hacker passou 8 meses zanzando nos servidores do TSE, mas tudo bem. Certeza que o nosso sistema eleitoral é inviolável.” Eu não estou acreditando no que estou lendo por aí. O antibolsonarismo se igualou ao bolsonarismo hoje. O bom senso está morto. Vocês se merecem.

Quintela enxergou com mais precisão a realidade nos Estados Unidos, onde mora. O movimento bolsonarista tem vários defeitos sim, como o trumpista também tem. Ambos têm seus excessos condenáveis. Mas mesmo assim ele foi capaz de ver o Big Picture no cenário americano, denunciando o jogo podre dos democratas com a mídia. No Brasil, sua visão míope o impediu de identificar o mesmo fenômeno de longe. A equivalência que ele faz é indevida e injusta. Bolsonaristas merecem críticas, mas não podem ser equiparados aos PsolKids traidores ou a Amoedo, que virou uma espécie de despachante tucano.

Com todos os seus defeitos, o fato é que Bolsonaro está lutando pelo que é certo, enquanto seus inimigos tentam passar pano para um sistema apodrecido. Liberal que se preza não alivia a barra para um STF que pratica tanto abuso de poder e age de forma ativista e partidária para derrubar um presidente eleito. Liberal que se preza não vira bajulador de uma imprensa esquerdista que sempre denunciara antes. E liberal que se preza não vota contra mais transparência para as eleições, aquilo que pregava até ontem. Novo e MBL, nunca mais!!!

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