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Rodrigo Constantino

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Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

A era da ingratidão: Kaepernick ataca mãe adotiva por “racismo” implícito

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Talvez o leitor já tenha ouvido falar em Colin Kaepernick, mas se for o caso, muito provavelmente não terá sido pelo talento extraordinário nos jogos da NFL, e sim pelo ativismo político. Kaepernick ganhou notoriedade ao se ajoelhar durante o hino nacional antes dos jogos de futebol, em protesto contra o "racismo estrutural" no país que o fez milionário.

Vale lembrar que, quando ele começou tais manifestações, sua carreira não ia tão bem assim. Ele não estava nem entre os dez melhores quaterbacks da temporada, e amargava a medíocre condição de ficar no banco de reservas muitas vezes. Em seu ato de desrespeito aos valores da nação, Kaepernick conseguiu algum holofote, enquanto a NFL amargou enorme prejuízo pela queda da audiência.

Desde então, Kaepernick busca os holofotes da mídia com alguma frequência, via de regra "causando" novas polêmicas, sempre com seu discurso de vitimização por conta do racismo supostamente espalhado pelo país. Dessa vez, numa nova entrevista após um tempo sumido e esquecido, o jogador resolveu atacar sua própria mãe adotiva.

Um golpe muito baixo, cá entre nós. Ainda mais quando lembramos que, antes de sua transformação em militante, Kaepernick dera uma entrevista ao lado da mãe, que recebeu inúmeros elogios por todo o amor com que o educou. Ele foi adotado, e seus pais brancos o criaram como os demais filhos.

A adoção em si talvez seja um dos atos de maior generosidade de que o ser humano é capaz. A mãe biológica de Kaepermick não quis se responsabilizar pelo filho, mas ao menos merece crédito por ter levado a gravidez adiante e o colocado para adoção. Os pais adotivos tinham perdido dois filhos por problemas cardíacos, e por isso acabaram adotando Kaepernick.

Colin Kaepernick, não obstante, resolveu chamar seus pais adotivos brancos de racistas, ainda que implicitamente, porque eles disseram a ele quando adolescente que trancinhas longas demais pareciam 'pouco profissionais' e que ele 'parecia um pequeno bandido'. Bancando a vítima, como sempre, Kaepernick disse que passou por situações bem difíceis ao ser criado por pais brancos.

Kaepernick foi criado com privilégios, e o investimento necessário para que um filho chegue até a NFL não é pequeno, nem em tempo dedicado nem em dinheiro gasto. Mas eis que o milionário atleta resolveu crucificar seus pais em praça pública, tudo isso porque sua mãe criticou a forma como ele usava o cabelo quando adolescente. Quem nunca "sofreu" isso com os pais? Eu mesmo, com meus cabelos longos de baterista roqueiro, escutei bastante crítica dos meus pais.

A adolescência é complicada para a imensa maioria, pois é uma fase de transição. Nos ritos de passagem, o adolescente acaba tendo de criar uma identidade própria e se separar dos pais, o que quase nunca ocorre de forma suave e tranquila. Daí a pegar toda uma formação e resumir ao dia em que o cabelo longo foi criticado, como se isso provasse algum racismo latente, vai a distância que separa um homem de um moleque oportunista.

E eis o que mais assusta no mundo moderno: Kaepernick é o símbolo de uma geração que destila ingratidão, que cospe nos próprios pais, que se sente vítima de tudo e com direitos infindáveis. Não faltam revolucionários tentando jogar filhos contra pais, ou então vender a ideia absurda de que são todos vítimas, mesmo quando se trata de um atleta milionário. A falta de gratidão talvez seja um dos pecados mais nefastos que existem.

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