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A patota do selo azul, a esquerda caviar, a turma da visão estética de mundo (chame-os do que quiser, mas o perfil é conhecido), o grupinho "progressista", enfim, precisa alimentar a narrativa de que vivemos sob um enorme risco à democracia, e que essa ameaça não vem do STF, da esquerda radical ou de golpistas do establishment, mas do governo federal.

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A narrativa fica ainda mais constrangedora quando a real crítica a ser feita ao governo Bolsonaro é justamente a aproximação com o "centrão", que se por um lado se justifica pela necessidade de governabilidade, já que o Congresso, mal ou bem, foi eleito, por outro lado aumenta os risco de corrupção de um governo ileso até aqui.

Que ditador é esse que articula com o Congresso? Que tirano é esse que cede nacos do governo aos caciques partidários e que acata todas as decisões da Justiça, mesmo quando temos um Supremo que abusa do seu próprio poder e, em vez de preservar a Constituição da qual é o guardião em teoria, acaba sendo o primeiro a rasga-la?

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Nada disso importa. Só o discurso, só a estética. E por isso a Folha de SP achou adequado lançar uma campanha "pela democracia", escolhendo o amarelo como cor simbólica. Foi o maior fiasco! A campanha, contando com colunistas e artistas, fala até em Diretas Já, como se estivéssemos em pleno regime militar! Virou, claro, motivo de muita troça nas redes sociais.

O mais incrível dessa campanha da Folha com o amarelo é a turma ver o resultado final e realmente achar que vai abafar. Isso, para mim, mostra o quanto a bolha afastou essa patota da realidade. Qualquer ser razoável ficou mega constrangido com aquele lixo! Reinaldo Azevedo estampou a cara da derrota dessa campanha:

Será que tinha acabado o vermelho? Na verdade, foi descoberto de onde veio o amarelo dessa campanha:

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Um parêntese: que decepção ver o Pondé nessa! Depois de colar no Leandro Karnal, eu esperava quase tudo, mas isso?! E não dá para argumentar que foi uma imposição do jornal onde ele possui coluna, pois seria simples ele recusar, e porque ele parece mesmo alinhado com a turma nesse quesito:

Esse tipo de mensagem é música para os ouvidos da patota, que prefere crer que as pesquisas recentes mostram ganho de aprovação do presidente e queda abrupta de rejeição somente por conta do auxílio emergencial. Uma das ícones dessa patota expõe tal postura:

Essa é a triste constatação de quem está inconsolável dentro da bolha e não percebe que lá fora já manjaram a hipocrisia e o oportunismo da patota do selo azul. Os jornalistas preferem ofender o povo do que reconhecer que erraram feio em suas previsões. Eis mais um caso típico:

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Se os fatos vão contra a narrativa, pior para os fatos. Afinal, EU sou os fatos!!! A arrogância elitista dos meus pares salta aos olhos, menos dentro da bolha. Como ironizou Guilherme Fiuza, "amarelar já foi uma coisa muito mais digna". A esquerda da "Foice" amarelou, incapaz de lidar com a dura realidade. O que restou ao jornal foi dar "furos de reportagem" como este:

De fato, como seguir com sua vida normal sem esse tipo de informação tão valiosa, não é mesmo?