Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
Após duas décadas ouvindo a esquerda dizer, com suas narrativas candentes, que vivemos uma era de “hyper-inequality” ou, como diríamos em português, hiper-desigualdade social; e tendo testemunhado a miséria e doenças epidêmicas sendo quase erradicadas, a pobreza diminuindo drasticamente, a mortalidade infantil sendo reduzida a níveis muito baixos, o número de países em guerra desabando, as perseguições contra minorias, sejam elas de negros, gays ou mulheres sendo superadas, o comércio mundial alcançando volumes impressionantes, a inovação proliferando, a poluição sendo contida, a melhoria nos índices de desenvolvimento humano, inclusive em países da África, se elevando, podemos chegar à conclusão de que a humanidade melhorou de vida por causa da desigualdade social desenfreada.
A hiper-desigualdade social significa apenas que uma pequena parcela da população mundial formada por gênios e heróis cria tanto valor para o resto da humanidade que esses, que criam pouco valor per capita, somam-se para premiarem aqueles com o que eles merecem: mega fortunas.
Mega fortunas legítimas surgem onde há instituições decentes, proteção à livre iniciativa, à propriedade privada, ao estado de direito com sua concepção anti-majoritária e ao livre mercado, ou seja, um mercado livre da iniciação do uso de coerção por indivíduos e principalmente pelo estado.
Mega fortunas surgem quando a humanidade agradece, assim como mega fortunas se esvaem quando a humanidade muda de preferência resolvendo premiar quem ela elege na incessante busca por felicidade.
Mega fortunas em um ambiente predominantemente capitalista só são possíveis se toda a população melhora de vida porque ninguém enriquece quando negocia com quem nada cria e por isso nada tem.
O problema universal não é a desigualdade social como a esquerda quer nos fazer crer; o que nos impede de florescer e prosperar é a imobilidade social que existe apenas nas sociedades feudais ou de planejamento central.
Pensem nisso, afinal já vamos para a terceira década do quarto milênio depois de Sócrates, Platão e Aristóteles.
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