Por Caio Ferolla Silva, publicado pelo Instituto Liberal
O empresário Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo, defendeu em uma entrevista o imposto sobre grandes fortunas, voltando a gerar enormes discussões ao redor do mundo a respeito do tema. Ele afirmou que considera adequado que os milionários e bilionários paguem bem mais que as outras pessoas.
Levando em conta que na imensa maioria dos países capitalistas os impostos, como o de renda, possuem alíquota percentual, é correto afirmar que os milionários e bilionários já pagam valores bem maiores que pessoas de classe média, por exemplo. Essa quantia é sempre proporcional.
Milionários e bilionários, de alguma forma, contribuem muito com os países em que eles deixam sua renda, seja através de empresas que eles possuem e que crescem, gerando empregos, impostos e rendas para a nação, seja investindo seu dinheiro em outras empresas, ajudando a crescer, ou até por meios de tributos que se originam de sua renda ou consumo. É benéfico para qualquer país possuir indivíduos com muito dinheiro. Isso traz arrecadação e benefícios.
Ao taxar as grandes fortunas, cobrando mais impostos do que esses indivíduos já pagam, o que acontece é uma provável saída dos mais ricos daquela nação, junto com a retirada de seu capital. Isso já aconteceu em diversos lugares.
Podemos analisar como exemplo a França, onde, em 2012, com intenção de taxar as grandes fortunas e diminuir a desigualdade, criou-se uma tabela de impostos que chegava a uma alíquota de até 75%. O que aconteceu foi que milhares de franceses ricos saíram em busca de uma nova cidadania, como Bernard Arnault, homem mais rico do país e CEO do grupo LVMH, dono das marcas Louis Vuitton, Moët Chandon, Hennessy e mais 54 marcas de luxo, que mudou sua cidadania para a Bélgica. O país perdeu renda, empregos e deixou de arrecadar impostos.
A Alemanha foi outro país que já adotou e depois desistiu dessa tributação. O país já cobrou impostos dos mais ricos da população, mas o governo considerou a tributação pouco atraente, pois não conseguiu auferir resultados, decidindo por encerrar a cobrança em 1997. Hoje cobra-se apenas o imposto de renda usual.
Engana-se quem pensa que os mais ricos não avaliam estrategicamente suas fortunas. Que indivíduo manteria sua renda, seus negócios, seus imóveis, num país com uma alta carga tributária e que ainda não lhes retorna minimamente?
Não devemos desincentivar a presença dos mais ricos em uma nação, pois onde há mais dinheiro e mais recursos, invariavelmente existirão mais oportunidades, empregos, empresas, oferta de produtos e uma melhora na economia do país como um todo.
*Caio Ferolla Silva é Associado III e membro do comitê de formação do Instituto Líderes do Amanhã.
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