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Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal

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Acho justo o "Democracia em Vertigem" ter sido indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro como documentário.

Quem assistiu Ricky Gervais no Golden Globe ouviu dele, que é um esquerdista britânico, que a indústria cinematográfica é o epicentro internacional da hipocrisia da esquerda caviar.

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Logo, o Oscar é o prêmio dado por hipócritas para hipócritas como eles.

Para esquerdistas, narrativa e realidade não têm diferença porque o valor da linguagem não é cognitivo, mas funcional, com objetivos políticos definidos: tornar a cognição e a realidade inacessíveis aos seres humanos.

Uma realidade inacessível cria uma cegueira intelectual que impede a vítima de reconhecer uma hipocrisia, uma falácia ou uma injustiça.

A imensa maioria dos brasileiros não sabe o que é cultura, não está nem aí para o Oscar ou para Pietra, a filha do empreiteiro.

A imensa maioria do resto, preocupada em criar uma cultura feita sobre narrativas epistemológicas deletérias e não sobre visões metafísicas baseadas em fatos e ideais virtuosos, sabe a importância do estado para manter seu status de hipocrisia crônica.

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Hipócritas incorrigíveis, dizem falar do povo, pelo povo e para o povo, praticando arte populista e demagógica produzida de cima para baixo, com o dinheiro do povo que não está minimamente interessado.

Para a minoria do resto, que se considera sincera, sobra o amargo sabor que se sente quando a verdade fica entalada na garganta e não se consegue produzir documentários reais melhores do que narrativas hipócritas que serão premiadas por hipócritas profissionais.

A arte tem melhor apelo quando recorre à emoção que escapa de quem deveria segurar a guia mestra: a razão. Sem a razão, as emoções descontroladas não têm compromisso com a verdade que habita as mentes, mas com os caprichos e fantasias que habitam os corações.

É por isso que a hipocrisia ganha prêmios e a sinceridade ingênua não.