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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

A patota do selo azul odeia a liberdade

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A velha aristocracia, com seus títulos hereditários, detestava a burguesia. No filme "O Gatopardo", Lampedusa explora com maestria essa transição e o rancor da elite em relação aos "novos ricos", com seus gostos questionáveis e falta de refinamento. A casta do andar de cima não aprecia muito a liberdade e a igualdade de direitos.

Nada disso mudou, pois a natureza humana é um tanto imutável. O que mudou foi a definição de aristocracia. Há uma gente que se considera especial, detentora de um saber ímpar, que pretende "empurrar a história". São os "ungidos", que olham de cima para baixo para os reles mortais.

Os jornalistas da velha imprensa talvez representem com perfeição essa turma. Arrogantes, petulantes, pedantes, esses militantes ideológicos se enxergam como imparciais e porta-vozes da Verdade e da Ciência, além da Democracia. Eles são diferentes de nós. Eles são melhores!

Ou ao menos assim eles se consideram, sem aquele necessário toque de simancol. E no Twitter, a plataforma preferida dos jornalistas, a forma de expor essa "superioridade" era por meio do selinho azul de verificação. Criei, para tirar sarro dos pavões, a expressão "patota do selo azul". E Elon Musk foi lá e avacalhou com tudo...

A "reportagem" do Estadão hoje comprova minha tese. Para o jornal tucano (e arrogante), o selo foi "corrompido" pelo bilionário excêntrico, e passou até a ser "rejeitado" - pela mesma elite tucana, claro. Diz o subtítulo: "Antes sinal de notoriedade e veracidade, marca passou a indicar alinhamento ideológico com Elon Musk".

A revolta da casta tucana é que, agora, qualquer um pode comprar o selo para provar sua identidade. Por algo como R$ 60, um "Zé Ninguém" pode comprovar que ele é o Zé Ninguém e ter o mesmo selo da Verinha! E isso é insuportável para alguém como a Verinha, tão especial, tão superior...

Diz o jornal: "Ter um selinho azul no Twitter costumava ser sinal de prestígio, fama ou, se o dono fosse uma pessoa mais 'discreta', de que a conta era verídica. No entanto, apenas uma semana após o fim dos verificados nos moldes antigos, a marquinha mudou de significado: ela agora representa apoio à gestão e, principalmente, às ideias de Elon Musk na rede social".

Vejamos: sou um comentarista bastante conhecido, que trabalhou nos principais veículos de comunicação do país; tenho algo como 1,5 milhão de seguidores em cada rede social, inclusive no Twitter; minhas postagens, até o ministro Alexandre optar pela censura, com aplauso dos jornalistas "tradicionais", gerava enorme engajamento; não obstante, eu era um dos que não tinha o selinho do "prestígio". Por quê?

Ora bolas! Pois não sou da patota! Sou um "outsider" que denuncia a militância dos arrogantes esquerdistas das redações. Sou a mosca na sopa gourmet da Verinha. Sou a memória que o Tio Rei adoraria apagar de vez. Sou o economista que aponta para a total falta de conhecimento econômico da "renomada" comunista global. Sou aquele que refuta as bobagens do Professor Papagaio, pois memorizar datas até a ave colorida consegue.

Eles me odeiam justamente porque eu mostro que eles são de uma seita ideológica enquanto se vendem como imparciais. E por isso eles querem minha cabeça, ou ao menos minha censura. O primeiro passo, em conluio com os coleguinhas do antigo Twitter, é impedir que alguém como eu tinha o tal selinho do prestígio. O segundo é aplaudir a censura judicial mesmo, sem qualquer critério.

Falo de selinho azul, mas o bom entendedor já percebeu que o tema mesmo é o PL da Censura. É exatamente essa inveja e essa arrogância que movem tanto jornalistas a apoiar esse troço ditatorial relatado por um comunista. No comunismo, aliás, se o jornalista for "amigo do rei" e repetir direitinho a cartilha oficial, ele pode ter selinho especial e ainda receber uma boa grana por sua obediência.

Gente tão medíocre assim odeia quem tem independência e coragem. Ainda por cima quando basta tirar oito dólares do bolso para comprar o mesmo selinho que eles usavam como o brazão da nova aristocracia. O choro é livre...

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