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A tolerância e os intolerantes
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Por Percival Puggina

A manifestação de um “influenciador” digital dizendo-se favorável à criação de um partido nazista causou surpresa e justa indignação. Quando algo assim acontece, retoma-se, simetricamente, o tema da legitimidade ou não da existência de partidos comunistas no Brasil e a circulação de seus símbolos.

A simetria se aplica ao caso. As duas doutrinas e os regimes delas derivados são genocidas. Causaram terríveis sofrimentos à humanidade quando alcançaram o poder. São contra e atuam contra direitos fundamentais da pessoa humana. Na semana passada, em Curitiba, liderados por um vereador do PT, portando bandeiras de um partido comunista, baderneiros invadiram a igreja do Rosário durante a celebração da missa.

Dá-lhes poder e logo verás os resultados.

Países que viveram sob o comunismo proibiram a exibição de seus símbolos. Entre eles, nomeadamente, Hungria, Letônia, Polônia, Lituânia, Ucrânia, Geórgia, e Moldávia. Na Polônia, até camisetas de Che Guevara são proibidas.

Em agosto de 2020 circulou na Internet que “Os Estados Unidos proíbem filiados de partido comunista ou de qualquer outro partido totalitário de obterem residência no país”. O fato causou reboliço e alguém  pediu à Lupa (agência verificadora, ou de fact checking) que averiguasse a autenticidade da informação. A Lupa retornou pela tangente. “Verdadeiro, mas...”, carimbou na matéria. Em resumo, a informação é verdadeira, mas não recente, como dava a entender a notícia.

Ou seja, não era bem assim, era pior. Acontecera que, poucos dias antes, o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos emitira uma nota relembrando o teor da Lei de Imigração e Nacionalidade, vigente desde 1952. Quem redigira a informação tomara o lembrete como se fosse norma nova.

Em relação à sua segurança interna, os Estados Unidos não são bobos há muito mais tempo. Por isso, os comunistas lá nativos percorrem o caminho da tomada, por dentro, dos espaços culturais, como tão bem observou – com razão – o Olavo de Carvalho. Daí para o poder político há um caminho curto e indolor. É o que acontece, de modo sistemático, em todo o Ocidente. Mas este é outro assunto.

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