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Não canso de ficar surpreso com a arrogância do clubinho, da antiga "patota do selo azul" (obrigado, Elon Musk). Não há categoria mais prepotente e cheia de vaidade do que o jornalismo, em especial aqueles que fazem parte desse seleto grupinho. A prova está na reação à agressão de uma jornalista da Globo por milicianos do ditador Maduro.

Sim, claro que isso é inaceitável. Óbvio que pegou muito mal para o presidente Lula, que trouxe seu companheiro para mostrar onde pretende chegar quando terminar seu projeto de poder. Com algum atraso e depois do espanto, até mesmo os militantes petistas disfarçados de jornalistas tiveram que repudiar os atos.

André Trigueiro, também da Globo, desabafou: "Maduro não está acostumado c/imprensa livre, até porque isso não existe na Venezuela. Os seguranças dele também não, e acham normal agredir jornalistas. Aqui não tem ditadura! Que respondam em solo brasileiro por essa covardia.Toda solidariedade a Delis Ortiz e colegas agredidos".

Bem, cabe perguntar se haveria a mesma solidariedade caso a jornalista agredida com um soco fosse da revista Oeste, da Jovem Pan ou desta Gazeta do Povo. Mas esse é apenas um dos pontos da hipocrisia. O outro, mais gritante, é o que realmente incomoda a ponto de despertar reação nesta patota.

Ora bolas, o que diz o Tribunal Penal Internacional sobre Nicolás Maduro e seu regime socialista? Luciano Trigo fez um resumo na Gazeta, e a lista é longa, passando por tortura, assassinato, prisão política, crucificação e até estupro de dissidentes.

Cerca de 9 mil pessoas e diversas entidades jurídicas apresentaram denúncias ao Tribunal Penal Internacional como vítimas da ditadura venezuelana. O tribunal documentou espancamentos, sufocamentos, afogamentos, choques elétricos e estupros na Venezuela; as vítimas foram submetidas a atos de violência que resultaram em sérios danos ao seu bem-estar físico e mental.

Nada disso, pelo visto, despertou a fúria dos nossos jornalistas, muitos deles passando pano para a recepção de estadista do governo Lula, com direito a militares humilhados (merecidamente) prestando continência ao ditador do narcotráfico. Mas quando os seguranças deram um soco numa colega, aí já foi demais da conta para suportar!

No mais, chega a ser irônico que essa gente passou quatro anos acusando Bolsonaro de "agredir" jornalistas, em especial mulheres. Na verdade o presidente dava respostas atravessadas após muita militância e difamação por parte da própria imprensa, que chegou a desejar abertamente sua morte. Não houve qualquer agressão real.

Alexandre de Moraes chegou a escrever um tweet em 2020: "As agressões contra jornalistas devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito, não podendo ser toleradas pelas instituições e pela Sociedade". Oi, Xande! Colocar em inquérito ilegal, censurar nas redes sociais, congelar contas bancárias e até cancelar passaporte de jornalistas críticos ao ativismo supremo tudo bem, né? E agora, vai comentar sobre Maduro?

O Senso Incomum sugeriu um cenário hipotético para deixar isso claro: "Você imagine se o Bozo convidasse um ditador pra vir aqui pegar o nosso dinheiro, o ditador tivesse 'eleição' não-reconhecida por 50 países e denúncias de tortura e estupro, e um segurança do ditador metesse um soco numa repórter da Globo. Só imagine". Qual seria a reação neste caso?

Pois é. Nossa velha imprensa é patética, e o jornalismo praticamente morreu em nosso país. Ainda tem militante esquerdista que tenta jogar Maduro e seu regime tirânico socialista no colo do conservadorismo, como o caso de Guga Chacra, também da Globo. É simplesmente ridículo!

Maduro é um ditador assassino, ligado ao narcotráfico, e companheiro de longa data de Lula. Ambos são socialistas, do Foro de SP, e desejam a mesma coisa, como já confessaram várias vezes. Mas nossa mídia se recusa a enxergar a realidade. E só se manifesta mesmo quando um segurança do ditador agride uma jornalista do grupo. Até então, estava tudo numa boa...

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