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Recebi a mensagem pelo WhatsApp e publiquei no meu Twitter. Toda brincadeira tem um fundo de verdade, não? Era uma mensagem sobre os riscos das vacinas, e o alvo era claramente ironizar a vacina chinesa, cuja eficácia é cada vez mais questionada pelo mundo. Eis a mensagem:
Atualizando: Janssen: Síndrome de Guillain-Barre; Pfizer: miocardite; AstraZeneca: trombose; Coronavac: covid mesmo. Boa semana a todos!
Está certo que o Twitter é uma espécie de Cracolândia Virtual, mas mesmo assim a reação causou espanto. Vários "especialistas" vieram me xingar, marcaram o Twitter Safety, tentaram me calar. Não pode mais falar de riscos de vacinas experimentais criadas em tempo recorde?! E a isso chamam de ciência?!
Alguns apontaram o fato de eu ter me vacinado como prova de algo, talvez da minha hipocrisia. Eles disseram que eu "pagaria por isso", por esse "desserviço". Ora, o que isso prova? Prova apenas que eu julguei, cético e cheio de dúvidas, que valia o risco no meu caso. Se eu tivesse 18 anos não tomava, se fosse a xing-ling eu não tomava. Minha escolha subjetiva. E cada um é livre para avaliar seu próprio caso! Ou deveria ser...
De preferência conhecendo os riscos! É o básico, não? Ou vamos agora proibir as bulas?! Mas o "gado doriana" quer impedir as perguntas, interditar o debate! Pergunta: e quem tomou e morreu, como a promotora de Justiça Thais Possati de Souza? Thais tinha 35 anos e estava grávida. Essas mortes ou pessoas com efeitos colaterais sérios não merecem empatia?!
Um seguidor um pouco mais razoável, em meio a tanto lixo raivoso, comentou: "Transmitir essa informação desse modo é um equívoco. Salvo raras exceções, todo fármaco possui efeitos colaterais. O importante é saber se a probabilidade de contrair e morrer de peste chinesa é menor do que sofrer os efeitos adversos dessas vacinas". Mas eis o ponto! Tem gente recomendando vacinas para grupos que nem foram usados em testes, e que apresentam baixíssimo risco de morte por covid. Ciência? Ou a vacina virou uma ideologia, uma panaceia, uma arma política ou um amuleto para os apavorados?
O papel da ciência, assim como do jornalismo, é fazer as perguntas incômodas. A politização da ciência - e do jornalismo - representa sua morte. Por exemplo: vários países que vacinaram sua população em peso e com vacinas chinesas tiveram novos surtos do covid. Um médico brasileiro gravou um vídeo que viralizou ontem ao mostrar seu exame após tomar as duas doses da Coronavac, e ele estava sem anticorpos. Quem explica? O Butantan parece politizado demais para lidar com a ciência.
Não faço campanha contra as vacinas, e nunca fiz. Faço um esforço para preservar a liberdade individual e o direito de questionar, essencial para a boa ciência e o bom jornalismo. A reação do "gado doriana" mostra como as redes sociais foram tomadas por ignorantes arrogantes, a própria definição da estupidez. Mais humildade faria bem a essa turma...