Por Lucas Gandolfe, publicado pelo Instituto Liberal
Com o impeachment de Dilma Rousseff, encerrou-se o ciclo de 13 anos do Brasil sob o jugo do Partido dos Trabalhadores e seus asseclas de esquerda. Mas o que ficou de herança? Recessão, alto desemprego, crescente violência e corrupção epidêmica. Uma herança maldita.
É comum ouvir dos eufóricos apoiadores de Lula, hoje criminoso condenado pela Justiça, que “nunca antes na história deste país” o Brasil havia atingido grandes conquistas. Esse discurso ufanista, entretanto, não se sustenta de maneira alguma.
Na economia, o Brasil cresceu, mas de forma medíocre. O crescimento do PIB ficou abaixo do crescimento da América Latina e dos países membros da OCDE. Tivemos uma década perdida entre 2003 e 2012 (Mello e Duarte), com pouco recurso poupado; elevado endividamento das famílias; redução de investimento estrangeiro; crescimento da inflação e perda de competitividade e produtividade em relação aos demais países.
A redução da miséria e da fome, tema propagandístico do PT, vem ocorrendo em praticamente todos os países do mundo, graças à expansão do sistema de livre mercado. No Brasil não foi diferente, já que desde 1985 o gráfico do histórico de pobreza extrema demonstra uma contínua redução.
Entre os anos de 1994 e 2015, segundo matéria do Gazeta do Povo, o Brasil reduziu de 16,5% para 4,3% a quantidade de brasileiros abaixo da linha de pobreza, semelhantemente ao Chile e demais países emergentes, não sendo, portanto, exclusivismo do PT.
Sobre o combate à desigualdade social, o PT foi novamente medíocre. Não houve nenhuma redução entre os anos de 2001 e 2015. Aliás, o Brasil colocou-se como o país com maior concentração de renda no topo da pirâmide social, segundo Wealth and Income Database. Os 10% mais ricos aumentaram sua participação na riqueza nacional, enquanto os 50% mais pobres ficaram com 12%, elevando apenas em 1% o percentual de riqueza.
A desigualdade só aumentou com o PT! Em 2016, nosso índice Gini de desigualdade ficou acima dos países emergentes do bloco da América Latina e Caribe.[1]
Mesmo com todo o dinheiro que entrou no país na época do boom das commodities, quando o PIB foi triplicado, não houve progresso significativo nem no saneamento básico. Após 13 anos de petismo, o Brasil ocupava a parca 112ª posição no ranking mundial.[2]
Para piorar, a grande recessão brasileira de 2014 jogou mais de 8 milhões de brasileiros para baixo da linha de pobreza, elevando astronomicamente o desemprego. Outro trágico desfecho foi o desmantelamento feito pela Operação Lava Jato, em rede nacional, ao vivo e a cores, do maior esquema de corrupção já vivenciado neste país esquecido à margem da História.
Finalizando nossa longa marcha da vaca para o brejo, a OMS, utilizando os dados de 2016, elegeu o Brasil como o nono país do mundo em número de homicídios, que só crescem desde 2007.[3] Uma explosão de violência!
Faltou analisar ainda: o atraso no setor industrial; aumento da dívida pública; rombo nos fundos de pensão; Petrobrás com um prejuízo de R$ 34 bilhões, tendo perdido 55,6% do valor de suas ações; as inúmeras perdas no propósito de se estruturar e realizar reformas essenciais; desativação de 23,5 mil leitos do SUS, o equivalente a 7% do total; a estagnação na produtividade do trabalhador; corte de cerca de 40% da verba do programa Minha Casa Minha Vida; paralisação de obras; empréstimos irregulares através do BNDES; desvio de verbas no INSS; superfaturamento em Belo Monte; erros técnicos na transposição do Rio São Francisco; relações promíscuas com ditaduras; isolamento comercial; etc.[4]
Ufa!
O PT, em 13 anos, não foi capaz de produzir um Brasil mais próspero, gerando apenas muita corrupção, mais inflação, mais desemprego e, agora sabemos, mais concentração de riqueza. Não resta nenhuma bandeira ao partido. Apenas mentiras…[5]
A esquerda teve sua chance, mas priorizou a corrupção e o desperdício de dinheiro público.
Agora, se tivéssemos que resumir o primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro em uma única palavra, seria recuperação. Recuperação do Brasil. Com a redução de ministérios, nomeações técnicas, reforma da previdência, desburocratização advinda da lei da liberdade econômica, pacotes de estímulo ao emprego de jovens, livre comércio entre Mercosul e União Européia, queda do endividamento social, reforço e valorização da segurança pública, apoio dos EUA para ingresso na OCDE, nenhum escândalo de corrupção, etc., o Brasil vem superando o marasmo deixado pelo establishment antecessor.[6]
A estruturação de reformas, queda no desemprego, inflação controlada, privatizações estratégicas, redução da taxa de juros, otimismo no mercado financeiro, com novos e reiterados recordes da Ibovespa, vêm reconstruindo o Brasil. Claro que não é possível corrigir 13 anos em um, mas a melhora é significativa.
Em apenas um ano vimos a demonstração de que podemos, sim, sair do caos e retomar nossa confiança na pátria. Precisamos melhorar muito, mas, assim como você, não sinto nenhuma falta da quadrilha do PT.
[1] Disponível em: https://ourworldindata.org/income-inequality. Acessado em 15/01/20.
[2] Disponível em: https://www.institutoliberal.org.br/recente/120-numeros-que-provam-que-o-pt-foi-uma-tragedia-para-o-brasil/. Acessado em 16/01/20.
[3] Disponível em: Fonte IPEA – http://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/dados-series/17. Acessado em 15/01/20.
[4] Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/chamar-o-legado-petista-de-decada-perdida-e-pouco/ e https://www.institutoliberal.org.br/blog/o-quadrilhao-do-pt-e-o-que-resta-do-petismo/. Acessado em 15/01/20.
[5] Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/desemprego-e-inflacao-em-queda-alguem-com-saudades-do-pt-ou-psdb/. Acessado em 16/01/20.
[6] Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/o-que-bolsonaro-fez-na-economia-2019/. Acessado em 15/01/20.
*Lucas Gandolfe é advogado e jornalista.