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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

EUA

Apenas cidadão pode votar

(Foto: Walter Martin/Unsplash )

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O título não é controverso. O conceito é até um tanto óbvio: uma das características que definem a cidadania é o direito (em alguns países o dever) de votar. É assim em todo canto do planeta. Mas, por algum motivo muito bizarro, a esquerda democrata americana resolveu criar polêmica com algo tão básico e elementar.

Um projeto de lei de um congressista texano pretende ampliar os mecanismos de averiguação da prova de cidadania para voto federal. Esta semana o projeto será votado. O Partido Democrata transformou a questão numa disputa de vida ou morte: como ousam "dificultar" o voto do povo?

O governo, em especial sob democratas, foi cedendo mais e mais benefícios aos não-cidadãos a ponto de se tornar quase indistinguível ser ou não um

O povo que pode votar tem de ser cidadão, ora bolas! Isso já é a lei. O que os republicanos querem é simplesmente intensificar a necessidade de se provar a cidadania. Mas os democratas alegam que até exigir uma identidade já é algo "racista", ignorando que nos países africanos eleitores também são obrigados a apresentar identidade para votar. Racismo não é insinuar que negros são "indocumentados" e não podem seguir as leis de forma simples?

Estou há quase uma década nos Estados Unidos, e nos últimos cinco anos como imigrante permanente (Green Card). Nunca pensei em votar, por um motivo óbvio: é proibido. Agora que me tornei um cidadão americano, resolvi logo me registrar como eleitor. O sistema americano como um todo é calcado na boa-fé: aquelas perguntas "idiotas" que você precisa responder, sob o risco de perjúrio (crime federal). Qual o problema de se criar, então, uma camada extra de segurança e cobrar uma prova da tal cidadania?

Como dizem alguns republicanos, os democratas não querem reforçar essa segurança porque não amam a América, não ligam para o risco de não-cidadãos votarem. Alguns democratas alegam, por sua vez, que não há provas de fraudes em larga escala, em que pese haver indícios crescentes sim. Mas cabe perguntar: qual o mal em se exigir prova de cidadania para votar se é preciso ser cidadão para exercer tal direito?

Em The dying citizen, o historiador Victor Davis Hanson mostra como o conceito de cidadania vem se perdendo nos Estados Unidos, justamente porque há cada vez menos vantagens, privilégios e proteções para os cidadãos. O governo, em especial sob democratas, foi cedendo mais e mais benefícios aos não-cidadãos a ponto de se tornar quase indistinguível ser ou não um. No fundo, fica só o fardo de ter a responsabilidade de servir eventualmente no caso de uma guerra.

Participar do processo eleitoral é uma das distinções básicas da cidadania. Ser um cidadão romano à época do império romano era um fator de diferenciação que dava orgulho a quem conquistava tal status. O mesmo valia para a América nos tempos modernos. A esquerda democrata, de olho no voto populista, vem enfraquecendo esse legado. E agora cria caso até com projetos nada controversos de exigir prova de cidadania para se votar para presidente. É preciso odiar a América para agir assim.

Em tempo: além da prova necessária de cidadania, outras medidas não deveriam ser controversas. Elon Musk compartilhou notícias sobre problemas e fraudes eleitorais constatando o óbvio: "Urnas eletrônicas e qualquer coisa enviada pelo correio são muito arriscadas. Deveríamos exigir cédulas de papel e apenas votação presencial". Com documentos oficiais, claro. Por que isso gera tanta polêmica desnecessária? O que está por trás do desejo democrata de dificultar o controle e a transparência no processo eleitoral?

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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