Cada vez mais "jornalista" se sente à vontade para concluir que quem não votar no ladrão socialista no primeiro turno só pode ser um defensor do fascismo. Isso mesmo: ou vota em Lula, ou pode preparar o "crachá de fascista". Ou você não se importa com ligações cabulosas com o PCC, ou você é um seguidor de Mussolini!
Em que pese a estupidez desse tipo de narrativa, ela atende a um claro propósito: demonizar qualquer eleitor de Bolsonaro, a ponto de, nas rodas das elites e seus jantares inteligentinhos, o sujeito que pensa em não votar no líder do mensalão já se sentir um pária. É ostracismo na patota do selo azul se não "lular" com vontade.
Incapazes de criticar efetivamente políticas do atual governo, e com uma amnésia impressionante a ponto de apagar da curta memória a pandemia, essa turma aponta para alguns dados ruins remanescentes e culpa o presidente por tudo. Resta só explicar, claro, o que se passa no resto do mundo, em especial no nosso vizinho.
Se a inflação é a maior em décadas nos Estados Unidos e na Europa, na Argentina ela já vai bater 70%! A moeda argentina vale cada vez menos, e alguns já falam em hiperinflação. O caldo entornou de vez. A Argentina a cada dia se assemelha mais ao caos venezuelano. Não foi por falta de aviso, inclusive do próprio Bolsonaro!
Diante do quadro lamentável na Argentina, que nossa mídia elogiava por sua postura "científica" durante a pandemia, resta aos militantes uma de duas alternativas: fingir que o país sequer existe, ou culpar uma "complexidade" que vem de longa data, de preferência responsabilizando o "liberal" Macri pela "herança maldita".
Muitos têm optado por falar de qualquer coisa, menos da Argentina. A Folha de SP, em em editorial de hoje, porém, acabou escolhendo o outro caminho. Mostra a inflação bem maior no vizinho, não nega o caos, mas tenta apontar dedos para Macri e até compara o modelo socialista com o brasileiro, além de concluir que o país será usado como "espantalho" para atacar a esquerda latino-americana:
Numa versão agravada de mazelas brasileiras, não reúne consenso político para abandonar políticas populistas de intervenção estatal que desorganizam a economia e exaurem as contas públicas. Num momento em que forças de esquerda voltam a ganhar protagonismo na América Latina, o país vizinho se candidata ao posto de novo espantalho a ser apresentado aos eleitores da região.
Espantalho?! A esquerda lulista voltou ao poder na Argentina, com aplausos de Lula. A esquerda lulista implantou na Argentina a receita defendida por Lula para o Brasil. Enquanto isso, Bolsonaro criticava as escolhas e alertava para o caos iminente dos resultados. Agora que acontece exatamente isso, a Argentina não pode ser usada como exemplo do que a ameaça lulista representa para o Brasil, e o problema é o modelo usado... por Bolsonaro?!?!?!
Nossa ex-imprensa não caiu no ridículo atual por acaso. É fruto de muito esforço para não ser mais levada a séria por ninguém sério mesmo. Parabéns, pois conseguiu!
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