Repita comigo, caro leitor: terroristas islâmicos. Uma vez mais, por favor: terroristas islâmicos, terroristas que jogaram aviões em cima de inocentes em nome de uma guerra “santa”, por motivação religiosa. Não foi tão difícil assim, foi? Pois é. Mas para a esquerda “democrata” parece cada vez mais difícil – diria até impossível – pronunciar essa simples expressão: terroristas islâmicos.
Para Ilhan Omar, “uns caras fizeram algo aí”. Eis a definição precisa, segundo a democrata muçulmana, do que ocorreu naquele trágico 11 de setembro de 2001. Mas se você ousar criticar o antissemitismo de Omar e sua proximidade a grupos terroristas como o Hamas, claro que isso só pode ser por preconceito…
O ultraesquerdista NYT, por sua vez, já apagou o tweet, mas o print é eterno e muitos já estão comentando. Para o jornalzão “progressista”, aviões – esses terríveis! – causaram o 11 de setembro. São Transformers! Não sei como ainda temos aviões decolando todo santo dia por aí…
Eis, hoje, a grande divisão na política americana, a essência da tal polarização. A esquerda cada vez mais despreza o legado americano, cospe na trajetória dessa grande nação, trata com desdém o país mais livre e próspero do mundo, como se fosse um antro de racismo, de preconceito, de injustiças. Enquanto isso, os conservadores sentem orgulho da América e gratidão por terem nascido na época e na nação mais rica e livre da história.
Os democratas preferem pagar pedágio para o politicamente correto, e acham que é demonstração de sensibilidade usar eufemismos para poupar as “minorias” quando fazem algo errado, ou mesmo quando cometem terríveis atentados terroristas. Os republicanos, em especial os apoiadores de Trump, não temem colocar os pingos nos is, dar nomes aos bois. O presidente, aliás, tuitou hoje cedo uma mensagem, estampando a bandeira americana, que segue em destaque na sua página:
Faltam objetividade, patriotismo e coragem aos democratas modernos, sobra ingratidão, além de vitimismo. Os democratas deixaram figuras como Omar e as demais do “esquadrão” tomarem conta das bases, com todo seu radicalismo. Os mais moderados do partido foram sendo expelidos, e as lideranças não tiveram coragem de impor limites aos radicais.
As posturas visivelmente distintas nesse aniversário do ataque terrorista islâmico às torres gêmeas demonstram o abismo que se abriu entre esquerda e direita. Os esquerdistas, que querem, como disse Obama, mudar “fundamentalmente” a América, simplesmente não amam de verdade seu país. Acham que a América é tão excepcional como qualquer outro país, também nas palavras de Obama.
Quando o atentado completou 12 anos, escrevi esse texto para lembrar das importantes lições, que continuam válidas. E no décimo-sétimo aniversário, ano passado, escrevi esse outro texto, reforçando o recado. Segue um trecho:
A narrativa antiamericana da esquerda, que vem desde Howard Zinn e seus discípulos, inverte as coisas e pinta a América como o grande vilão da História. Na era da marcha das “minorias oprimidas”, isso ficou tão forte que as empresas passaram a aderir a tal discurso. O caso mais evidente foi o da Nike, que recentemente colocou como garoto-propaganda um jogador decadente de futebol americano, cujo “mérito” foi ter desrespeitado os símbolos patrióticos durante o hino no estádio.
Se você navegar pelas páginas das principais empresas do mundo de tecnologia, lembrando que Vale do Silício virou um reduto de “progressistas”, você não encontrará homenagens aos mortos nesse terrível atentado. Já na NRA ou entidades associadas aos conservadores há todo tipo de homenagem e respeito aos que morreram tentando salvar vidas, ou aos inocentes que pereceram só porque os terroristas não toleram o modo de vida ocidental.
[…] É muita inversão de valores, muita covardia, muito medo de defender a coisa certa, de tomar o lado correto, direito. […] Estão sempre dando um jeito de aliviar a barra dos inimigos da civilização, assim como tentam diminuir ou mesmo desdenhar do papel dos heróis.
O antiamericanismo é uma doença dos ressentidos, uma patologia dos invejosos. Que a esquerda americana tenha se deixado dominar por esse sentimento mesquinho é algo realmente espantoso – e preocupante. Mas não surpreende tanto o fato de Trump ser o presidente, não é mesmo?
Rodrigo Constantino
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