Uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quarta-feira apontou que 87% dos brasileiros são a favor da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O número é um pouco maior do que o registrado no último levantamento do instituto sobre o tema, realizado há quase nove anos atrás. Em agosto de 2006, 84% dos entrevistados eram favoráveis à redução. Nas duas pesquisas, o índice de brasileiros contrários à mudança se manteve o mesmo, 11%.
O Datafolha apontou ainda que, entre os favoráveis à alteração, 74% defendem que a redução da maioridade tenha efeito para todos os tipos de crimes. Outros 26% preferem que a medida seja válida apenas para determinados delitos.
Segundo o levantamento, o maior índice de aprovação à proposta de reduzir a maioridade penal está nas regiões Centro-Oeste, com 93%, e Norte, com 91%. Por outro lado, a rejeição à mudança é maior entre os brasileiros que têm ensino superior (23%) e entre aqueles com renda familiar mensal acima de dez salários mínimos (25%). A pesquisa ouviu 2.834 pessoas em 171 cidades entre os dias 9 e 10 de abril. A margem de erro é de dois pontos.
A pesquisa mostra, uma vez mais, como a elite “intelectual” desse país, dominada pela esquerda, vai à contramão do que o povo brasileiro deseja. Após décadas tentando vender a ideia de que marginais são “vítimas da sociedade”, essa elite vermelha não foi capaz de reverter a crença popular de que bandidos fazem escolhas e que, portanto, precisam pagar por elas. Até porque o trabalhador humilde sabe muito bem que a pobreza não é desculpa para roubar e matar, uma vez que ele mesmo optou por caminho diferente.
Enquanto isso, nossos sociólogos esquerdistas continuam tentando incutir em nossas mentes que o marginal é um pobrezinho sem oportunidades, e que se o governo fizer mais programas sociais, tudo ficará bem. Ontem mesmo já sabia o tom que o “Profissão Repórter” iria adotar em sua reportagem sobre o assunto. Caco Barcellos é um jornalista com evidente viés de esquerda, e não faria diferente.
Ao término do programa, vemos um jovem assaltante “redimido”, catando lixo para ganhar R$ 20 no dia, depois de ser detido (e solto) várias vezes. Quase escorre uma lágrima de nossos olhos ao ver aquela cena sensacionalista. Há luz no fim do túnel, e ela não passa por intensificar a punição aos que escolhem o caminho da marginalidade, é o que quer dizer o programa. Falso!
Para cada caso desses, temos inúmeros outros de bandidos que matam novamente porque não ficaram presos, não pagaram como adultos por seus crimes de adultos. E nem sabemos como esse rapaz irá acabar, pois é muito cedo para afirmar que está realmente “curado”. Aqueles que acham que jovens de 16 anos que roubam e matam precisam apenas de uns “castigos” alternativos e “oportunidades” ignoram suas vítimas, além de colocarem em risco outros inocentes.
Prisão não é escola para “reeducação”, e sim punição para quem cometeu crimes e um instrumento para afastar esses criminosos do convívio com a sociedade para proteger os inocentes. A maioria dos brasileiros entende isso e clama por mais punição e menos impunidade. Os “intelectuais” de esquerda demonstram desprezo pelo que o povo quer, e tomam o partido dos bandidos. Até quando?
Rodrigo Constantino