Por Bernardo Santoro, publicado pelo Instituto Liberal
Sobre a intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro, acho uma atitude populista e pouco prática.
Ainda que se aumente o contingente de agentes de segurança na rua, o que é algo sempre bom, os principais problemas não vão ser minimamente enfrentados.
1. Vai ter intervenção no Código de Processo Penal e na Lei de Execução Penal, os dois diplomas penais que enchem os meliantes cariocas de “direitos dos manos”?
Não.
2. Vai ter intervenção no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que maximiza a interpretação dos diplomas legais acima para soltar todos os meliantes que foram presos pela PM e PC?
Não.
3. Vai ter intervenção no MP do Rio, cada vez mais esquerdizado e focado menos em fazer seu trabalho criminal e mais em fiscalizar a liberdade de gente de bem aplicando leis civis regulatórias que sufocam de burocracia o empresariado fluminense?
Não.
4. Vai ter intervenção nas faculdades de direito do Estado do Rio, que estão regurgitando no mercado de trabalho da segurança pública um monte de militantes petistas e psolistas?
Não.
5. Vai ter intervenção para garantir o pagamento justo e em dia dos PMs, PCs e BMs do Estado, que recebem um salário defasado e atrasado?
Não.
6. Vai ter intervenção para garantir que menores infratores não se escudem no ECA para praticarem crimes impunemente?
Não.
7. Vai ter intervenção pra garantir que a OAB pare de promover ações políticas em defesa dos meliantes e contra a ordem pública?
Não.
8. Vai ter intervenção para impedir que os donos da cultura do Rio, o conglomerado Globo/PSOL, continuem a promover ações de defesa dos direitos dos manos e destruição dos valores tradicionais da nossa sociedade?
Não.
9. Vai ter intervenção para declarar como quadrilha os grupos políticos da antiga aliança PT/RJ-PMDB/RJ, que destruíram economicamente o Rio e saquearam os cofres estaduais?
Não.
O resultado disso é que, no momento em que a intervenção e o patrulhamento ostensivo e reforçado acabarem, essa panela de pressão explode outra vez.
Ou se ataca o problema estrutural do Rio de Janeiro, através de uma mudança cultural e institucional daqui, ou vamos continuar patinando nessa hipocrisia, pobreza e violência sem limites.
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