Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo

A Casa Grande da Mãe Dilma: petróleo para a "cultura" é compra de apoio

Pinta de máfia: quem vai entrar na casa?

A compra de votos não pode parar! Afinal, Marina Silva continua lá, colada no cangote de Dilma, resistindo aos ataques pérfidos proferidos pelos militantes petistas e pela própria campanha oficial da presidente, em um espetáculo de baixo nível e desespero. À venda, dessa vez, estavam os “artistas” engajados, com o pires na mão aguardando o tilintar de mais moedas de ouro. O que oferecem em troca? Militância “artística”, ora.

Dilma fechou o acordo com sua promessa: dinheiro do pré-sal para a cultura! Não só educação e saúde, mas cultura também. E cultura, aqui, significa proselitismo ideológico, filmes terríveis como aquele que enaltece a vida do ex-operário, tudo pago com dinheiro público. A presidente solta a verba, promete mundos e fundos, chama para o jogo mais alguns cineastas, mais alguns atores e atrizes. Venham, diz com seus atos, que aqui tem para todos aqueles que elogiarem meu governo!

O local da prostituição cultural, do comércio indecente, não poderia ser mais adequado: Teatro Oi Casa Grande. A Casa da Mãe Dilma tem de ser muito grande mesmo, para caber todas as boquinhas sedentas por mais tetas estatais. Fizeram falta, nessa grande casa, figurinhas carimbadas, petistas tradicionais como Chico Buarque e Paulo Betti. Talvez Chico esteja elogiando o socialismo cubano lá de Paris, seu local preferido.

Mas tivemos “intelectuais” de peso como Marilena Chaui, aquela que odeia a classe média “fascista”, mas que acha que o mundo se ilumina quando o “sábio” Lula abre a boca. Tivemos, ainda, Leonardo Boff, o que fez um casamento forçado entre Cristo e Marx, e que até ontem elogiava muito Marina Silva, mas hoje a vê com enorme desconfiança. Claro, ele tomou partido, e seu partido é governo.

O PT está em pânico. Lula participou no mesmo dia de evento dos sindicatos sobre o pré-sal, fazendo campanha escancarada bem na Petrobras, para mostrar de vez que a estatal tem dono sim, que o petróleo é dele! Aproveitou para disparar novas flechas na direção de Marina. O pré-sal é a arma que o PT encontrou para tentar ferir Marina: vejam, mais de um trilhão de reais que deixarão de ir para a educação, a saúde e a cultura se Marina vencer!

A mentira é o modo de vida petista. Eles acordam mentindo para si mesmos, já mentem diante do espelho ao escovar os dentes, mentem para todos. Não sabem mais falar a verdade. Arnaldo Jabor, em sua coluna de hoje, desce a lenha nos mentirosos profissionais e compulsivos:

“Nunca antes”, nunca antes um partido tomou o poder no Brasil e montou um esquema secreto de “desapropriação” do Estado, para fundar um “outro Estado”. Nunca antes se roubou em nome de um projeto político alastrante em todos os escaninhos do Estado, aparelhado por mais de 30 mil militantes.

O ladrão tradicional sabia-se ladrão. O ladrão tradicional roubou sempre em causa própria e se escondia pelos cantos para não ser flagrado. Os ladrões desse governo roubam de testa erguida, como se estivessem fazendo uma “ação revolucionária”, se orgulham de fingir de democratas para apodrecer a democracia por dentro.

A verdade está sempre no avesso do que dizem. São hábeis em criar um labirinto de “falsas verdades”, formando uma rede de desmentidos, protelações e enigmas que vão desqualificando as investigações de coisas como a CPI da Petrobras e todos os crimes de seus aliados. Regozijam-se porque seus eleitores são ignorantes e pobres e não sabem nem o que é “dossiê” — pensam que é um tipo de doce. A verdade do Brasil é coloquial, feita de pequenos ladrões, sujos arreglos políticos, emperramentos técnicos. Hoje, sabemos que somos parte da estupidez secular do país. Assumir nossa doença talvez seja o início da sabedoria.

A verdade é que os petistas nunca acreditaram na “democracia burguesa”; como disse um intelectual emérito da USP — “democracia é papo para enrolar o povo”. O PT que se agarra ao poder degrada a linguagem. Falam de um lugar que é o auge de um baixo voluntarismo aventureiro, de uma ideia de socialismo decaída em populismo. A esquerda petista não tem memória. Dá frio na espinha vê-la tender para os mesmos erros de 64 e 68.

Na cabeça dessa gente ignorante e dogmática nada é real; só a ideologia existe. Todos os erros eram previsíveis por comentaristas e foram cumpridos à risca pelos governos petistas. Milhares de petistas ocupam o Estado aparelhado e querem que a Dilma ganhe para permanecerem nas “boquinhas”.

A isso se resumiu o PT hoje: um instrumento para preservar o butim, para pilhar os demais. O partido não tem mais adeptos sinceros, gente que acredite em algum projeto para efetivamente melhorar o Brasil. Piada! Hoje, só permanece no PT aquele que deseja ser sócio da pilhagem. A casa é grande. Afinal, o governo arrecada quase 40% do PIB. É teta até dizer chega.

Mas para essa máfia nunca é suficiente. Nunca é hora de dizer chega. Querem mais, muito mais. E estão dispostos a fazer o “diabo” para ficar com o osso. Que a classe média fascista fique quietinha na sua, não tenha a pretensão de colocar a corja para correr. O estado brasileiro tem dono. E na Casa da Mãe Dilma sempre cabe mais um, desde que deixe a dignidade do lado de fora…

Rodrigo Constantino

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.