Claro que não iria demorar para a esquerda radical se apropriar dos “rolezinhos” para sua narrativa marxista ultrapassada. Para quem tem apenas um martelo, tudo se parece prego. Essa gente enxerga luta de classes em todo lugar. Dividir para conquistar. Brancos contra negros, ricos contra pobres, homens contra mulheres, heteros contra gays: o que seria dessa turma sem isso? Todo abutre precisa de carniça.
A ministra da Igualdade Racial (sic), Luiza Bairros, do PT, já declarou que o medo dos “rolezinhos” é reação de branco, e que a medida dos shopping centers de se precaver contra a baderna é a consagração da “segregação racial”.
Já o pré-candidato à presidência pelo PSTU, Zé Maria, soltou essas pérolas em um artigo:
Por tudo isso, digo que o protesto destes jovens é o nosso protesto. É o protesto de todos e todas que neste país lutam contra a exploração e a opressão do capitalismo.
[…]
Precisamos – todas as organizações dos trabalhadores e da juventude – apoiar estas iniciativas dos jovens da periferia, pois a luta deles é a nossa luta.
Em outro artigo publicado no site do PSTU, de um líder do Movimento Luta Popular, vemos a seguinte afirmação:
As pessoas estão descobrindo as ruas, recuperando o espaço privatizado do shopping para o protesto popular.
Protesto popular contra o capitalismo? Mas vários desses jovens, muitos brancos inclusive, chegam com roupas de grife cantando funks que enaltecem o consumismo de marcas de luxo!
Como escreveu Agostinho Vieira em sua coluna de hoje no GLOBO:
Não dá para achar que um grupo de mil, três mil ou oito mil pessoas vai entrar num shopping como se nada estivesse acontecendo. E não é só porque são pobres ou negros. Se fossem oito mil hare krishnas distribuindo incenso também seria estranho. Mil evangélicos oferecendo santinhos também. Atrapalha a vida dos comerciantes, dos funcionários e não resolve nada. Qual o objetivo?
Pois é: qual? O desse jovens provavelmente é só se divertir de forma um tanto bárbara e sem educação, sem respeito aos demais. Ao menos para a maioria deles. Uma minoria deve ter interesse em aproveitar a bagunça e o caos para praticar furtos.
Já o objetivo da esquerda raivosa nós conhecemos: explorar a situação em prol de sua ideologia retrógrada. Não perdem uma oportunidade. Querem ver o circo pegar fogo. Quanto mais confusão e destruição, melhor, pois chafurdam na lama, no caos social. Foi Roberto Campos quem definiu melhor essa gente:
Os comunistas sempre souberam chacoalhar as árvores para apanhar no chão os frutos. O que não sabem é plantá-las…
Rodrigo Constantino