Ainda não tinha comentado nada dessa nova escalada de violência no Oriente Médio, mas não dá mais para evitar. O viés da imprensa é muito escancarado contra Israel. Quando israelenses começaram a morrer em ataques avulsos, alguns chegaram a alertar que a imprensa estava só aguardando a reação da nação judaica para dar a notícia: Israel precisa parecer sempre o agressor. O máximo a que chegam é uma “equivalência moral” inexistente.
Mas a realidade é bem diferente. Os muçulmanos têm sido incitados à violência por seus próprios líderes. Todos os muçulmanos – palestinos e árabes israelenses – são conclamados pelo Hamas a esfaquear ou atropelar a esmo quaisquer judeus. O frenesi de ódio tem escapado e uma cristã holandesa já foi esfaqueada também.
O dito “moderado” Fatah não só recusa-se a condenar esse incitamento à violência como seus mais altos dignitários fazem apologia aos atentados dos “mártires” do islã. Aqueles que são mortos pelos policiais israelenses durante atos de ataque a civis inocentes recebem o selo de “mártir”, e isso tem instigado muita gente a partir para o terror. Tudo, insisto, sob a incitação das próprias lideranças que, supostamente, deveriam buscar a paz e um acordo.
Na primeira página da Folha de hoje está a foto de um motorista israelense atropelado por palestinos. No título da imagem, a palavra “descontrole”. Mas cabe perguntar: aquilo se trata de um acidente, por acaso? Há descontrole quando os próprios líderes é que incitam esse tipo de atitude?
Para uma mente mais atenta e isenta, isso parece um ato bem dentro do controle das autoridades palestinas, não acham? Nenhum “acidente” seria notícia do outro lado do mundo, concordam? Na matéria interna, repetem somente a versão palestina dos fatos, e dizem que: a) o isralenese era agressor; b) o atropelamento foi acidental. Isso é jornalismo sério?
Na verdade, o israelense estava com seu carro cercado e sendo apedrejado, quando desceu com um porrete para se defender, tendo sido atropelado deliberadamente pelos “ativistas”. Isso, em qualquer outra situação que não envolva israelenses (ou americanos), seria considerado um assassinato. Doloso, que fique claro.
O Estadão, por sua vez, traz manchete dizendo que três palestinos foram mortos em confronto com o Exército de Israel, dando a entender que os culpados foram, claro, israelenses. A manchete só vem, repito, na reação de Israel, legítima, de autodefesa, e mesmo assim colocando os matadores sempre como os israelenses na chamada.
Detalhe: na briga política palestina entre Fatah, Hamas e a Jihad islâmica, todos sobem o tom e adotam o discurso populista de violência e massacre de judeus, a fim de não perder a popularidade entre os fanáticos. Será que os moderados são minoria mesmo? O Fatah fazer isso é o grande xis acerca da tal “moderação” dos mesmos. Como levar a sério quem insiste em afirmar que os líderes palestinos são moderados e querem a paz? Eis um “pacífico” palestino pregando sua mensagem de amor:
Vejam mais algumas mensagens “amorosas” que as lideranças religiosas da Palestina têm espalhado pela região, para incitar a “paz”:
Mas a “opinião pública” condena Israel a priori, e qualquer esforço na direção de proteger sua população desses radicais é visto como “apartheid” ou “agressão”, quando não surgem uns canalhas para acusar Israel de praticar um novo “Holocausto”. Vejam a que ponto alguns malucos chegam: uma comemoração aos atentados a facas dentro das sinagogas, alguns meses atrás. As vítimas eram em regra idosos:
Não está satisfeito? Então veja essa, de uma mulher esfaqueando um “porco” judeu:
Chocante, não? Mas garanto que o leitor nunca viu nada parecido na imprensa. O “preconceito” é sempre da direita, representada por Israel e pelos Estados Unidos, nunca da esquerda “oprimida”, no caso simbolizada pelos palestinos, cujos terroristas chegam a ser defendidos pelos partidos radicais de esquerda do Ocidente, incluindo os brasileiros. Que coisa, não?
Agora vejam esse vídeo chocante também. Trata-se de um palestino jogando seu carro em cima de pedestres judeus. Ele deixa um inconsciente e um ferido. Desce do carro e esfaqueia o pedestre que tinha escapado. Um policial à paisana chega, atira no “suspeito”. Ele, mesmo alvejado, tenta esfaquear o policial. Manchete do jornal: POLICIAL ISRAELENSE MATA MOTORISTA PALESTINO. É mole? Vejam:
Como espero ter deixado claro com essa pequena amostra de fatos e imagens, o viés da imprensa é evidente quando se trata do conflito no Oriente Médio. O povo judeu vive hoje em Israel sob uma terceira intifada, dessa vez das facas e dos carros. Mas a imprensa insiste em tratar a situação, no máximo, como uma equivalência moral, como se ambos os lados fossem igualmente culpados e devessem dialogar para chegar a um acordo de paz.
Mentiras têm sido espalhadas pelos líderes palestinos, interessados na escalada de violência. Um importante líder religioso palestino acusou os judeus de quererem construir um templo para “adorar o diabo”. O shiek Khaled Al-Mughrabi deu uma pista sobre o pretexto por trás do que está sendo chamado de “terceira intifada”: o temor que os judeus recuperem o domínio do monte do templo. O governo de Israel já negou veementemente isso.
Não importa. A imprensa não quer enxergar a verdade, não quer ser imparcial, isenta, pois isso não encaixa na narrativa de opressores versus oprimidos. Israelenses estão sob ataque, na única democracia próspera da região, onde muçulmanos participam inclusive do parlamento e mulheres gozam de amplos direitos legais. Nada disso é lembrando quando o poderoso aliado do Tio Sam precisa ser retratado como agressor contra “pobres” palestinos.
Qualquer democracia reagiria com igual ou mais energia nas mesmas circunstâncias. É absurdo pensar o contrário. Mas por algum motivo obscuro, Israel não tem o mesmo direito. É culpado ex ante, não pode se defender. E engana-se muito quem pensa que isso diz respeito somente aos judeus. Não só vivem em Israel várias minorias de outras religiões, como a falta de clareza moral nesse assunto tem profundas influências para o mundo todo. Hoje os judeus são as vítimas; “amanhã” serão todos nós…
Rodrigo Constantino
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