Luis Fernando Verissimo é mesmo um cronista engraçado. Quando fala sério, que fique claro. Em sua coluna de hoje, ele aproveitou para atacar o PSDB, um de seus hobbies favoritos (talvez ao lado do saxofone). Diz o simpático colunista:
Devo um pedido de desculpas à grande imprensa nacional. Me desculpe, grande imprensa nacional. Quando li a matéria da “IstoÉ” sobre o cartel consentido formado em São Paulo para a construção de linhas de trem e metrô sob sucessivos governos do PSDB e as suspeitas de um propinoduto favorecendo o partido, comentei com meus botões (que não responderam porque não falam com qualquer um): essa história vai para o mesmo pântano silencioso que já engoliu, sem deixar vestígios, a história do mensalão de Minas, precursor do mensalão do PT. E não é que eu estava enganado? A matéria vem repercutindo em toda a grande imprensa. Com variáveis graus de intensidade, é verdade, em relação ao tamanho do escândalo, mas repercutindo. Viva, pois, a nossa grande imprensa. Já se começava a desconfiar que o Brasil, onde inventam tanta novidade, tinha adotado, definitivamente, dois sistemas métricos diferentes.
Isso vindo de alguém que até “matou” a Velhinha de Taubaté para não ter que criticar mais o governo, só porque era alinhado ideologicamente, é mesmo hilário. Que sistema métrico diferente é esse que o cronista cita? Escândalos envolvendo tucanos sempre foram apontados pela grande imprensa. É só procurar no Google, em vez de repetir as mentiras da turma do Dirceu.
Agora, que culpa tem a imprensa se o PT produz escândalos em ritmo bem mais acelerado? Qualquer um que se limite a relatar os fatos terá petistas no topo da lista de escândalos. É um atrás do outro. E alguns desaparecem até rápido. Por que ninguém mais fala da Rose?
Verissimo aproveita para repetir, talvez seguindo a tática de Goebbels, que o mensalão petista se inspirou no tucano de Minas. Balela! Não confunda alhos com bugalhos, senhor Verissimo! O seu pai ficaria envergonhado. O mensalão do PT não teve precedentes. Foi, segundo os próprios ministros do STF, um esquema golpista para destruir de dentro nossa democracia. A quem você quer enganar?
Outra coisa que deveria ser cobrada da imprensa, mas não é, muito menos por Verissimo, é a informação sobre o parentesco do presidente do Cade com Gilberto Carvalho. Vinícius Marques de Carvalho é sobrinho de Gilberto Carvalho, secretário do Lula e da Dilma.
Antes de chegar ao cargo, ele foi Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) em exercício na Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Era o chefe de gabinete. Há total isenção?
Não sei dizer no caso do presidente do Cade. Mas sei dizer no caso de Verissimo: suas críticas ao governo não são nada isentas. O que ele cobra da grande imprensa é o que ele não pratica. Não obstante, até mesmo alguém como ele recebe amplo espaço na tal grande imprensa, para disseminar seus ataques parciais e ideológicos. Que coisa, não?!
Eleição sem Lula ou Bolsonaro deve fortalecer partidos do Centrão em 2026
Saiba quais são as cinco crises internacionais que Lula pode causar na presidência do Brics
Elon Musk está criando uma cidade própria para abrigar seus funcionários no Texas
CEO da moda acusado de tráfico sexual expõe a decadência da elite americana
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS