Por Luan Sperandio Teixeira, publicado no Instituto Liberal
Eu costumo dizer que a liberdade está vencendo.
E eu digo isso sempre que vejo centenas de grupos de estudos sendo criados em todo o país para debater obras de autores cujas ideias eram praticamente desconhecidas no Brasil há apenas cinco anos.
Eu digo isso sempre que eu vejo um jovem preferindo empreender e gerar riqueza satisfazendo consumidores ao invés de decorar algumas coisas para ser aprovado em um concurso público.
Eu digo isso ao ver o sucesso cada vez maior de diversos think thanks e ao abrir uma rede social e ver cada dia mais pessoas compartilhando conteúdo liberal.
Eu digo que a liberdade está vencendo quando vejo em um transporte coletivo um menino de 14 anos lendo um livro de Ludwig von Mises.
A liberdade vence cada vez que um brasileiro percebe que as ideias intervencionistas falharam e são a causa de um país menos próspero, com menos qualidade de vida para todos e a causa de uma profunda recessão.
Mas a liberdade não pode vencer apenas pelas suas ideias: é preciso pessoas para difundi-las para que elas enfim se tornem o que nunca foram:mainstream.
Os últimos 200 anos mostram isso: graças a trocas voluntárias, freadas, é claro, pelo intervencionismo, hoje qualquer pessoa de classe média baixa tem qualidade de vida superior aos nobres de outrora.
Mas a mentalidade anti-capitalista renega isso e vimos a ascensão de um estado de wellfare state, provedor de tudo, o estado babá que decide desde o que fazer com 40% de sua renda até se deveria haver ou não saleiro em sua mesa.
Por isso, nós não temos o direito de nos ausentarmos, de sermos omissos. Não temos direito de nos omitir como fizemos por mais de 100 anos.
Paulo Uebel costuma dizer que precisamos estudar, nos formar nas ideias da liberdade para as defender com vigor; ocuparmos espaços, sejam eles na iniciativa privada, no setor público ou no terceiro setor. Independentemente do espaço, precisamos ser agentes de transformação para um país mais livre.
Apenas assim conseguiremos mudanças culturais que permitam reformas constitucionais em busca de um país mais livre.
Se você acha que precisamos de um país com ambiente mais salutar para empreender, se você acha que as liberdades individuais devem ser respeitadas, se você quer um país melhor para seus filhos, seja um agente de transformação para um país mais livre.
A liberdade está vencendo, mas precisa de você também.
Nota do blog: Assim que fui publicar esse artigo vi que Eduardo Cunha acatou o pedido de impeachment de Dilma, que irá à votação em Plenário. Eis aí a grande oportunidade de cada um fazer algo pela liberdade no Brasil. É hora de ir para as ruas, de protestar, de pressionar, pois sem o clamor popular, o impeachment não sai. Os políticos precisam saber que se votarem contra o impeachment e a favor de Dilma, ou seja, contra o Brasil, não serão esquecidos nem perdoados. Às ruas, cidadãos!