Tenho dito e repetido que o maior estrago do lulopetismo não é na economia, ainda que a crise atual seja sem precedentes. O maior estrago é na moral. O PT não inventou a corrupção, mas sem dúvida a levou ao estado da arte, além de tê-la banalizado e institucionalizado. O exemplo que vem de cima é o pior possível, e isso percola por toda a sociedade. Esse foi o tema da coluna de Denis Rosenfield hoje:
O que imediatamente salta aos olhos é uma imensa crise de valores do mundo político e de setores do empresariado, em franca dissonância com os anseios da sociedade brasileira. O lulopetismo estabeleceu a corrupção como modo mesmo de governar, fazendo da impunidade um tipo de conduta que deveria ser seguido por todos. Os valores estão se esfacelando, como se não fossem mais fatores essenciais de coesão social.
Não seria, pois, de espantar o descrédito de que hoje goza a classe política, descrédito esse amplificado pelo fato de o PT, antanho “partido da ética”, simplesmente afirmar que essas coisas são “naturais”. Imaginem as pessoas que vivem com poucos salários-mínimos ou estão desempregadas vendo-se diante de um quadro de corrupção que consome milhões e, mesmo, bilhões de reais. A indignação e a desconfiança são, então, meras consequências.
A política petista pertence, hoje, à crônica policial. Uma política desprovida de qualquer pudor e sem nenhum valor moral tomou conta da cena pública, como se tudo fosse simplesmente válido para a conservação do poder. Limites éticos foram simplesmente desconsiderados. Ser “progressista” significaria, nada mais, do que ser conivente com o crime, incentivador deste, em nome dos “valores” superiores da esquerda e do socialismo.
O maior responsável por isso tudo é, sem dúvida, o ex-presidente Lula. É ele quem melhor representa a imoralidade petista reinante na política de hoje. Um exemplo perfeito foi sua reação ao saber da gravação que incriminava Delcídio do Amaral, o líder do governo no Senado. Lula não fez juízo de valor, não condenou o companheiro por sua imoralidade ao tentar obstruir uma investigação, mas sim pela sua “imbecilidade”.
Ou seja, o que incomodou Lula foi a “burrada” do senador petista ao se deixar ser pego com uma gravação. Rosenfield assim conclui: “Considerou-o como não inteligente e não como imoral, injusto ou criminoso. Eis o seu padrão da ‘política’. O Brasil é o que menos importa para ele e para os seus companheiros”.
E pensar que essa gangue está no poder há mais de 13 anos, aparelhando toda a máquina estatal, sugando nossas estatais, desviando recursos públicos e reagindo com discursos cínicos. Como esperar resultados decentes?
Rodrigo Constantino
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