Por Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal
“Na Guanabara, 19 horas.”
Começava assim o que o General Santos Cruz não quer acabar.
Apesar de ser chamado de “A voz do Brasil”, “A voz do Governo” é o programa de rádio mais antigo do país e do hemisfério sul ainda em transmissão.
O programa radiofônico “A voz do Governo” foi criado em 1935, durante o governo de Getúlio Vargas, com o nome “Programa Nacional”.
Em 1938, passou a ter transmissão obrigatória com horário fixo das 19 às 20 horas e seu nome mudou para “A Hora do Brasil”, até porque chamá-lo de “Programa Nacional Obrigatório” em meio a uma ditadura, não seria nem necessário, muito menos recomendado.
Em 1971, “A voz do Governo” adotou o nome “A Voz do Brasil”, que mantém até hoje.
Interessante esse conceito: o Brasil escuta, o Governo fala e o nome do programa é “A voz do Brasil”?
Não. Vamos usar os conceitos corretos para identificarmos os concretos. “A Voz do Brasil” sempre foi “A voz do Governo”.
Nossa sorte é que nenhum governo ousou nos obrigar a manter o rádio ligado durante aquela tediosa hora, provavelmente porque seria motivo suficiente para que se instalasse no Brasil uma revolta.
No Brasil, costuma-se ver que o que é bom dura pouco e o que é ruim perdura para sempre porque alguém munido do poder das armas impõe à população o que quer e esta paga mesmo que não queira.
O General Santos Cruz deveria fazer o que o Bolsonaro e a voz da grande maioria dos brasileiros clama: fecha ou privatiza essa verdadeira vergonha, esse escárnio com o povo brasileiro que é a EBC.
Se o Santos Cruz fizer isso, eu se fosse o Bolsonaro promovia-o à Marechal como é permitido em tempo de guerra.
Não existe guerra mais importante para ser enfrentada do que as batalhas contra a opressão e a pilhagem que o povo brasileiro, sem voz nenhuma, sofre calado 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Vamos lá, General, avante!
Acaba com a EBC e toda essa parafernália positivista e marxista que infesta o Brasil a partir de Brasília.
Vamos lá General, ouça a verdadeira voz do Brasil.
Liberta o teu povo!
“Em Brasília, 19 horas”. Meu Deus, até quando?
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