Em ano de Olimpíadas, num momento em que Israel está sem embaixador no Brasil porque nosso governo rejeitou a escolha deles, eis que é inaugurada a embaixada da Autoridade Palestina em nosso país, a primeira no hemisfério ocidental, notícia que simplesmente não mereceu grandes destaques em nossa imprensa. Já em Israel houve destaque nos jornais, como podemos ver abaixo:
Como se pode ver, há gente preocupada, e com razão. Os laços do governo petista com os palestinos, mesmo com os grupos terroristas que controlam a Palestina, são conhecidos, ainda que também tenham tido pouca repercussão em nossa imprensa. O governo Lula, por exemplo, resolveu doar do nosso dinheiro nada menos do que R$ 25 milhões para a “reconstrução de Gaza”, o pretexto para repassar recursos para quem efetivamente controla a Faixa de Gaza, o grupo terrorista Hamas. Vejam:
À época, a notícia mereceu no máximo uma notinha como essa, da Folha. Talvez se fosse hoje, em meio a essa baita recessão e com o mito Lula derretendo, a postura seria menos negligente. Ou não! Afinal, uma rápida busca no Google filtrando pelos últimos dias e quase nada aparece sobre a inauguração da embaixada Palestina. Apenas coisas assim:
http://br.sputniknews.com/mundo/20160203/3482215/brasil-nova-embaixada-palestina.html
Ou isso:
Palestinos inauguram embaixada no Brasil enquanto Israel permanece sem embaixador
Mas Folha, Globo, Estadão, Veja, isso não vemos. Talvez a notícia não seja relevante. Talvez o fato de que os terroristas palestinos agora tenham entrada facilitada em nosso país, em ano de Olimpíadas, enquanto Israel sequer tem um embaixador, seja irrelevante para o público. Será? Ou será que é nossa imprensa que anda meio sonolenta?
O Itamaraty divulgou uma nota oficial, mas ela não foi reproduzida nos principais jornais. Diz ela:
- 02 de fevereiro de 2016 – 14:13
De acordo com a praxe seguida desde a fundação de Brasília, o Governo brasileiro doou área para a construção da Embaixada palestina em 2010. Em reciprocidade, recebeu doação, em 2015, de terreno para uso do Brasil em Ramalá.
Neste caso, como nos de outras missões diplomáticas sediadas na capital brasileira, os custos de construção e instalação da Embaixada correm integralmente por conta do país estrangeiro.
Uau! Agora teremos uma embaixada em Ramalá, e em troca vamos bancar a construção do quartel palestino em nosso país. Qual a importância comercial da região para nós? O Itamaraty, novamente, tenta justificar, mas fica complicado para quem sabe fazer contas elementares:
Em 2012, o intercâmbio comercial brasileiro com a Palestina registrou US$ 22,5 milhões. O comércio com a Palestina deverá ser beneficiado pela entrada em vigor do Acordo de Livre-Comércio entre o MERCOSUL e a Palestina, assinado em 2011 e em processo de aprovação interna.
Ou seja, o Brasil doou mais de US$ 20 milhões a fundo perdido, por “causas humanitárias” (sei), e o comércio inteiro com a Palestina fica no mesmo patamar. Não parece uma troca muito inteligente ou favorável para os brasileiros, não é mesmo? Só para efeito de comparação, as trocas entre Brasil e Israel estão na casa dos bilhões. Por que toda essa atenção privilegiada à Palestina? Qual a verdadeira explicação por trás disso?
Não pode ser econômica, muito menos “interesse nacional”. É, sim, interesse ideológico partidário do PT, que se alia ao que há de pior no mundo, enquanto vira as costas para os amigos naturais do Brasil e da democracia. É um ultraje que isso tudo seja feito em nosso nome, com nossos recursos, colocando em xeque a nossa segurança, e sem o devido destaque na grande imprensa. Onde está a Fox News do Brasil?
Rodrigo Constantino
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